A indústria brasileira de motocicletas vai fechar 2025 com números que não se viam há mais de uma década. De janeiro a novembro, foram produzidas 1,85 milhão de motos no país, volume 13,9% maior que o mesmo período de 2024. A informação é da Abraciclo, entidade que representa as montadoras instaladas no polo industrial de Manaus (AM).
O total já ultrapassa toda a produção de 2024, que foi de 1,75 milhão de unidades, e representa o melhor desempenho em 14 anos. Só em novembro foram fabricadas 165,7 mil motos, um aumento de 13,4% em relação a novembro do ano passado. A queda de 12,3% em comparação com outubro foi atribuída à redução de dias úteis no mês.
Crescimento impulsionado por novos usos - O crescimento nas fábricas acompanha o ritmo nas ruas. De janeiro a novembro, as vendas no varejo passaram de 2 milhões de unidades, número que marca um recorde nos 23 anos de registros da Abraciclo.
Segundo o presidente da entidade, Marcos Bento, as fabricantes se organizaram para acompanhar a demanda, que vem crescendo de forma contínua há cinco anos. A motocicleta, que antes era vista apenas como transporte individual, hoje se consolidou como ferramenta de trabalho, principalmente no setor de entregas por aplicativo.
Outro fator que sustenta o bom momento é a procura por veículos mais econômicos e com custo de manutenção mais baixo. Isso tem puxado a demanda em todas as regiões do país.
Apesar de dezembro ser, historicamente, um mês com ritmo menor nas montadoras, o setor já considera 2025 como um ano histórico. A Abraciclo ainda não divulgou estimativas para 2026, mas a tendência é de continuidade no crescimento, caso a economia siga estável e a demanda por motos acessíveis se mantenha.
