O novo Audi A5 chegou silenciosamente às concessionárias brasileiras no fim de agosto. Em menos de um mês, já era o carro mais vendido da marca no país. Superou os veteranos A3 e Q3, tradicionalmente os mais emplacados da Audi no Brasil, e assumiu a liderança nas vendas da marca em setembro. Para um sedã que inaugura uma plataforma inédita e marca a transição estratégica da fabricante, foi um início de ciclo com força simbólica.
A Audi decidiu encerrar a produção do A4 e, no lugar, lançar o A5 com a nova Plataforma Premium a Combustão – a PPC. O carro cresceu: tem 4,82 metros de comprimento, 2,89 de entre-eixos, e está mais largo e mais baixo que o antecessor. O porta-malas tem 417 litros, e o tanque, 56. Em vez de vir em várias versões, o novo A5 está disponível em uma única configuração: a Performance S Edition quattro, por R$ 379.990.
Novo A5 supera A3 e Q3 e se torna o Audi mais vendido do Brasil em setembro, marcando nova fase da marca no paísO motor é um 2.0 turbo de quatro cilindros, com 272 cavalos e 400 Nm de torque. Acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e atinge 210 km/h de velocidade máxima. A turbina é de geometria variável, a injeção tem mais pressão e a compressão aumentou. Isso melhora o consumo e a resposta ao acelerador, além de entregar mais potência com eficiência. O câmbio é automatizado de sete marchas, e a tração é integral, com o sistema quattro que já é tradição da Audi.
No visual, a mudança é evidente. Os faróis são mais afilados, a grade singleframe ficou mais larga e mais baixa, as lanternas traseiras são interligadas por uma faixa de LED. As rodas de 20 polegadas têm design exclusivo Audi Sport. O estilo é limpo, com vincos suaves e formas mais horizontais. A tampa do porta-malas abre junto com o vidro, facilitando o acesso. Por dentro, o painel digital curvo reúne duas telas: uma de 14,5 polegadas no console central, sensível ao toque, e outra de 11,9 polegadas no quadro de instrumentos. Ambas são OLED.
Modelo estreia plataforma inédita, motor 2.0 turbo e visual renovado, consolidando estratégia da Audi para o mercado brasileiroA cabine combina tecnologia e acabamento refinado. Há luz ambiente em 30 cores, bancos esportivos com ajuste elétrico e memória, volante com base reta e comandos multifuncionais, carregador por indução, ar-condicionado de três zonas, sistema de som com 10 alto-falantes, sete airbags e uma série de assistentes eletrônicos: controle de cruzeiro adaptativo, assistente de faixa, frenagem de emergência, sensores de estacionamento e câmera de ré.
A Audi projeta para este ano um total de 13 lançamentos no Brasil. Além do A5, estão previstos novos modelos das famílias Q3 e Q5, versões esportivas como o RS 6 Avant GT e novidades da linha elétrica, como o Q6 e-tron. Em 2024, a montadora comemorou 30 anos de operação no país, com sede em São Paulo, fábrica em São José dos Pinhais (PR) e mais de 40 concessionárias. A empresa também vem investindo em mobilidade elétrica: foram cerca de R$ 90 milhões aplicados em pontos de recarga em todo o território nacional.
O novo A5 é mais do que uma atualização de produto. É o primeiro modelo da Audi a estrear a nova lógica global de nomes: os números ímpares passam a ser usados nos carros com motor a combustão, e os pares nos elétricos. Por isso, o A4 deixa de existir, e o A5 assume o seu espaço. O nome muda, mas a proposta continua: oferecer um sedã de luxo com desempenho esportivo, visual marcante e pacote tecnológico completo. Ao que tudo indica, o público brasileiro entendeu a mensagem — e respondeu com o melhor sinal possível: comprando.
