
O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) desenvolve, desde 2016, o projeto "Felinos Pantaneiros" na região da Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O principal objetivo do projeto é a realização de ações que diminuam o conflito provocado pelo ataque de onças-pintadas ao gado. A equipe do Jornal A Crítica visitou o projeto no último fim de semana (entre os dias 23 e 26 de junho) e conhecemos de perto as ações desenvolvidas com o apoio da General Motors.

A montadora americana assumiu o compromisso de ser a empresa mais inclusiva do mundo (e não só de carros). A nova GM trabalha agora sob o chapéu ESG, com ênfase no ambiente, no social e na governança.
A picape Chevrolet S10 mostrou-se um veículo adequado para as necessidades do Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Com os seus 200 cv de potência, 500 Nm de torque, câmbio automático de 6 marchas, tração 4x4, conforto, segurança, robustez e uma ampla caçamba com capacidade para 1.061 litros ou 1.134 kg, a equipe de campo da ONG consegue realizar uma função social importante: ajudar na preservação da onça-pintada e de outros felinos do Pantanal.
Saiba Mais
- 20 ANOS DO IHP
Instituto Homem Pantaneiro completa 20 anos
- EM CORUMBÁ
Programa Felinos Pantaneiros fecha parceria com a General Motors
- 20 ANOS DO INSTITUTO HOMEM PANTANEIRO
Instituto Homem Pantaneiro fecha uma nova parceria com empresa automobilística
- LANÇAMENTO
IHP lança primeira etapa do Memorial do Homem Pantaneiro
A nova GM trabalha agora sob o chapéu ESG, com ênfase no ambiente, no social e na governança
O conservacionista Diego Viana, médico veterinário, conduz os trabalhos de campo do IHP, que tem um posto avançado na Fazenda Acurizal, na Serra do Amolar. Uma das regiões mais lindas do Brasil. De Corumbá até o local são 200 km pelo rio e 100 km em linha reta.
Segundo Diego Viana, antes do início do programa, em 2016, na propriedade eram registrados anualmente cerca de 930 ataques de onças-pintadas aos bovinos. Após as ações, este número caiu para 220, o que representa uma diminuição de 76,35%. Já foram registradas 111 onças-pintadas diferentes na Serra do Amolar. No último mês foram confirmados 11 indivíduos distintos registrados por câmeras.
O local é o segundo no mundo com maior incidência da espécie, com média de 8.3 indivíduos por km quadrado. "O projeto surgiu dessa demanda das pessoas. Dá para ajudar com a ciência, a gente levou essa informação para a fazenda, para as comunidades, gerando essa coexistência humano-fauna. Dá para coexistir, nós classificamos tipos de interações. Como o ser humano interage com a onça-pintada, interage com todos os animais e, consequentemente, classificamos como interações positivas ou negativas. O que nós buscamos é esse meio termo entre as interações", explica Diego.
O principal objetivo do projeto é a realização de ações que diminuam o conflito provocado pelo ataque de onças-pintadas ao gado
O presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Coronel Rabelo, lembra que a onça-pintada está no topo da cadeia alimentar, portanto sua preservação dá aos ambientalistas um sinal de que todo o ecossistema da região está funcionando bem. Há 20 anos o IHP promove ações que aliam conservação ambiental, produção econômica e bem estar social, por meio do desenvolvimento sustentável.
O presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Coronel Rabelo
Buscando o conceito produtor de natureza. E hoje, uma das maiores preocupações do IHP no momento são com os 'novos pantaneiros'. Pessoas que estão comprando áreas no Pantanal e que não conhecem a importância da preservação do bioma. "Temos uma história que é do homem pantaneiro, de muito respeito à natureza e que agora estamos passando por uma transição que é o novo pantaneiro, que está chegando e traz uma nova cultura. Ainda não temos segurança que ela seguirá os mesmos princípios e valores que o pantaneiro constituiu", diz preocupado.
A equipe do Jornal A Crítica visitou o projeto no último fim de semana (entre os dias 23 e 26 de junho) e conhecemos de perto as ações desenvolvidas com o apoio da General Motors
Apoio - A GM já patrocina 27 projetos ecológicos na Mata Atlântica, entre São Paulo e Rio Grande do Sul (estados nos quais produz carros) e decidiu participar desta ação no Pantanal dentro da sua filosofia de contribuir para um mundo melhor. Desde março de 2022, o Felinos Pantaneiros conta com a parceria da montadora General Motors (GM). O apoio se deu por meio de uma contribuição anual de R$ 150 mil e uma picape Chevrolet S10 Z71 zero km (R$ 284 mil) cedida na modalidade comodato, ou seja, somente para uso e não para posse.
Imagem aérea da base do IHP, na fazenda Acurizal, no pé da Serra do Amolar
"Nós fizemos um aporte financeiro para o projeto Felinos Pantaneiros e também cedemos ao IHP uma chevrolet S10Z71, que é um veículo com tração integral e que permite acessar os locais mais difíceis do Pantanal e da Serra do Amolar, então com isso nós estamos aí viabilizando não só a manutenção, como a expansão desse trabalho que o IHP está fazendo para proteger a onça-pintada, que é símbolo do nosso Brasil", explica o diretor de comunicação da GM para a América do Sul, Nelson Silveira.
O dinheiro será utilizado para ampliar as ações realizadas pelo projeto, como as de educação ambiental e compra de equipamentos como os repelentes luminosos. "O apoio da GM vem em um momento importante para que a gente possa comprar mais desses equipamentos", ressalta Diego. Já Coronel Rabelo finaliza a reportagem afirmando que o apoio da GM faz diferença para o instituto. "A gente começa a ver com essa iniciativa uma outra postura de maturidade e de respeito das empresas que percebem que precisam compartilhar seus lucros, olhar as externalidades e de fato assegurar que algumas ações fazem parte do seu investimento e não de uma conta", afirmou.
