
Derivado da versão Lounge, o modelo é o primeiro conversível da marca no Brasil. A capota de lona, que pode ser preta ou vermelha, deu ainda mais charme ao carrinho.

Embora com um pouco de atraso em relação à Europa, pois o 500 Cabrio foi lançado lá no Salão de Genebra de 2009, a chegada do modelo com capota de lona acrescentou charme ao carrinho, que agora passa a ser comercializado em seis opções, variando acabamento, motor e câmbio.
O pequenino com esse teto removível foi a grande atração da Fiat no último Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro de 2012, e é vendido por R$ 64.230, incluindo os mesmos equipamentos de série da versão Lounge, e com todos opcionais, igual à versão que testamos, é comercializado por R$ 70.190.
Sem teto
Assim como o 500 de teto rígido, o conversível resgata a nostalgia do modelo original, criado em 1957, mantendo inclusive os arcos e as colunas do teto.
As grandes diferenças, claro, ficam por conta da tecnologia: enquanto no carrinho da década de 1950 a capota era manual e presa por uma fivela de couro quando estava completamente recolhida, no atual ela é totalmente elétrica, podendo ser aberta ou fechada por meio de comandos junto ao retrovisor interno, em três estágios e em velocidade de até 80km/h.
As cores preta ou vermelha da capota de lona podem combinar com as tonalidades vermelha (sólida), cinza (metálica), preta (metálica) ou branca (perolizada) da carroceria.
Teto, de acionamento elétrico, pode ser aberto parcial ou totalmente
Visual
A quase fusão do velocímetro com o conta-giros torna visualização confusa. A identificação externa é feita pela letra C, que se incorporou ao número 500 na coluna B (central).
No mais, ele é igual à versão que o originou, como os plásticos imitando cromado que cobrem os retrovisores externos e o friso da parte de baixo da moldura dos vidros; e o desenho das rodas de liga (de 15 polegadas) com raios mais vazados.
Vendida como opcional, a roda de liga de 16 polegadas tem desenho que se encaixa mais no visual do conversível. Mas os pneus de perfil mais baixo não combinam com as péssimas condições das estradas brasileiras.
No para-choque traseiro, os sensores de estacionamento ganham destaque em função da pouca visibilidade do pequeno vidro traseiro, que desaparece quando a capota está toda arriada e toma o seu lugar, dificultando ainda mais a visão do motorista. O estepe é de emergência e fica do lado de fora, o que torna a operação de troca bem mais complicada.
Interior
Por dentro, o revestimento dos bancos pode ser de tecido, mesclando as cores bege e marfim; ou de couro, combinando as cores vermelha e marfim ou somente na cor preta.
Assim como em todo 500, a parte central do painel é da mesma cor da carroceria. Para contrastar, a cor branca tomou conta do volante, dos comandos dos sistemas de áudio e do ar-condicionado (incluindo as saídas laterais) e de parte dos painéis de porta.
O revestimento em couro dos bancos pode combinar duas cores
Mas isso requer um pouco mais de cuidado e manutenção porque são itens muito manuseados e podem sujar com mais facilidade. O volante incorpora os comandos de áudio, do sistema Blue & Me e do controle automático de velocidade, mas a buzina é difícil de ser acionada e a coluna de direção só regula em altura.
A quase fusão de velocímetro e conta-giros e os mostradores digitais do nível de combustível e da temperatura do motor tornou a visualização um pouco confusa.
Espaço
Para um carro com as dimensões externas tão reduzidas, o 500 até que proporciona um espaço razoável para pessoas de estatura mediana nos bancos dianteiros. No banco traseiro, a coisa muda de figura, pois ali só viajam com conforto duas crianças pequenas.
Além disso, as operações de entrada e saída exigem um pouco de contorcionismo. O melhor mesmo é aproveitá-lo como extensão do porta-malas, já que a capacidade do compartimento de bagagens do Cabrio foi reduzida de 185 litros para 153 litros, em relação à versão normal, e o acesso piorou com a diminuição do tamanho da tampa traseira. Com o rebatimento do banco traseiro, a capacidade sobe para 518 litros.
Rodando
O motor 1.4 MultiAir tem bom fôlego, mas parte do apetite acaba sendo um pouco prejudicado pelo câmbio automático de seis velocidades, que demora um pouco para reagir aos comandos do acelerador.
Com a ajuda da tecla S, que endurece um pouco a direção e faz com que as trocas sejam efetuadas em regimes mais altos, o desempenho melhora de forma significativa. Por outro lado, a posição próxima ao volante da alavanca de marchas facilita o trabalho do motorista quando ele opta pelas trocas manuais, que são bem mais divertidas.
A suspensão sacrifica um pouco o conforto e favorece a curtição, garantindo a excelente estabilidade, mesmo naquelas curvinhas bem fechadas e de piso irregular. O pacote de segurança é bem completo de série e pode incluir até airbags de joelho e de janela.
Subcompacto torna mais acessível a imagem dos 'cabelos ao vento'.
