
A BYD, gigante chinesa dos veículos elétricos, quer se juntar à Tesla para acelerar a substituição dos carros a gasolina por elétricos. A proposta foi feita pela vice-presidente-executiva da empresa, Stella Li, em entrevista ao Financial Times, publicada na última terça-feira (4.mar.2025).

A ideia de uma aliança entre as duas maiores fabricantes de EVs (veículos elétricos) chega em um momento em que a BYD expande sua presença na Europa e a Tesla enfrenta uma queda nas vendas no continente, atribuída ao ativismo político de seu CEO, Elon Musk.
Além disso, barreiras comerciais complicam os planos das montadoras: enquanto a União Europeia impõe exigências rigorosas para a entrada de fabricantes chineses, os Estados Unidos aumentaram as tarifas sobre carros elétricos chineses para 100%, inviabilizando a atuação da BYD no país.
China quer compartilhar tecnologia - Na entrevista, Stella Li afirmou que a China está disposta a compartilhar suas tecnologias de veículos elétricos e direção autônoma com companhias estrangeiras, apesar das tensões comerciais entre os países.
O crescimento da BYD no mercado internacional tem sido impulsionado por um investimento de US$ 5,6 bilhões, levantado por meio de uma oferta de ações em Hong Kong.
Barreiras na Europa e bloqueio nos EUA - Embora a BYD esteja ganhando espaço na Europa, o bloco exige que empresas chinesas transfiram propriedade intelectual para obter subsídios, o que representa um obstáculo para a empresa.
Nos Estados Unidos, a situação é ainda mais complicada: desde 2024, o país impôs tarifas de 100% sobre carros elétricos chineses, o que levou a BYD a descartar qualquer plano de expansão no território norte-americano.
A proposta de aliança com a Tesla surge, portanto, como uma estratégia para fortalecer a indústria de elétricos e enfrentar os desafios impostos pelas barreiras comerciais globais. Agora, resta saber se Elon Musk aceitará a ideia de um "pacto entre rivais".
