
Lançada em 2024 como a grande aposta da BYD no mundo das picapes médias, a Shark chegou ao mercado prometendo inovação com seu motor híbrido plug-in. Mas nem sempre tecnologia basta. As vendas nunca empolgaram. Foram apenas 922 unidades emplacadas de janeiro a outubro de 2025, enquanto a Hilux vendeu 41 mil e a Ranger ultrapassou 28 mil.
Diante do desempenho tímido, a montadora decidiu agir. E rápido. A Shark, que custava R$ 379.800, passou a ser anunciada por R$ 339.800, um desconto de R$ 40 mil. Agora, ela custa menos que a Hilux SRX Plus, de R$ 353 mil, e também da Ranger Limited, a partir de R$ 346 mil.
É uma jogada clara para tentar atrair compradores de modelos mais tradicionais. Além de mais barata, a Shark é hoje a única picape média do Brasil com sistema híbrido plug-in. O conjunto tem motor 1.5 turbo, dois elétricos e uma bateria de 29,6 kWh. Juntos, entregam 437 cv de potência e 65 kgfm de torque.
O mercado, por enquanto, ainda oferece poucas opções com algum grau de eletrificação. Além da Shark, apenas a Foton tem modelos com tecnologia híbrida leve. Mas isso deve mudar nos próximos anos. A Ford já confirmou a versão híbrida da Ranger para 2027, fabricada na Argentina. A VW também trabalha numa Amarok com base híbrida, com projeto em parceria com os chineses da SAIC.
Por enquanto, no entanto, a Shark surfa sozinha nessa categoria. E com o preço mais competitivo, a aposta da BYD é que ela pare de nadar contra a corrente.

