
A área de soja plantada monitorada pelo Projeto SIGAMS em Mato Grosso do Sul atingiu 3,9% até 3 de outubro, cerca de 187 mil hectares. As regiões registram níveis diferentes: o sul lidera com 5,8%, o centro segue com 1,2% e o norte apresenta apenas 0,1%.

Para o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flavio Aguena, o progresso depende diretamente das características de solo e clima de cada região. Ele enfatiza que “mitigar riscos é essencial, especialmente com oscilações climáticas” e destaca que estratégias como o plantio escalonado ajudam a proteger a lavoura frente a adversidades meteorológicas.
Atualmente o estado está sob influência do fenômeno La Niña, de intensidade entre fraca e moderada, e o clima regional poderá ser afetado por frentes atmosféricas e ciclones tropicais. Assim, as chuvas não dependem apenas do La Niña, mas de um conjunto de fatores.
Segundo Flavio, a janela de semeadura mais ativa costuma ocorrer entre 17 de outubro e 14 de novembro, período em que cerca de 83% da soja é plantada, com base nos últimos cinco anos de dados do SIGAMS.
Para 2025/26, a expectativa é que a safra cresça 5,9%, alcançando uma área de 4,7 milhões de hectares. A produtividade projetada é de 52,8 sacas por hectare, o que resultaria em em torno de 15 milhões de toneladas de soja.
No mercado local, a saca de soja está cotada em média a R$ 117,87, enquanto a de milho gira em torno de R$ 49,52. As previsões climáticas para os próximos dias apontam para tempo firme e variação de nebulosidade em grande parte do estado.
