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AGRONEGÓCIO

Produtores de MS veem impacto limitado de tarifa de 50% dos EUA sobre carne bovina

Setor aposta em novos mercados e avanço nas exportações para neutralizar efeito da medida

13 agosto 2025 - 10h25Redação
O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore (Nelore-MS), Paulo César de Matos, esteve na Tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande
O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore (Nelore-MS), Paulo César de Matos, esteve na Tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande - (Foto: Divulgação)

O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense dos Criadores de Nelore (Nelore-MS), Paulo César de Matos, afirmou nesta terça-feira (12) que a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos à carne bovina brasileira deve ter efeito restrito sobre a pecuária nacional.

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Segundo ele, a carne brasileira é estratégica para o mercado norte-americano, e o Brasil tem ampliado destinos de exportação. “O impacto pode ser mais relevante para o consumidor dos EUA do que para o produtor brasileiro”, disse Matos, durante participação na Câmara Municipal de Campo Grande, a convite do vereador Landmark Rios (PT).

O dirigente citou que, em 2025, as exportações de carne bovina do Brasil cresceram 17% em volume no acumulado do ano até julho, com aumento de 25% no preço médio da tonelada em relação ao mesmo período de 2024. “Apostamos que, com qualidade e abertura de novos mercados, o efeito será pouco significativo. O mercado americano é importante, mas acreditamos que a medida possa ser revertida”, afirmou.

Os EUA têm um rebanho estimado em 80 milhões de cabeças, ante 200 milhões no Brasil. A raça Nelore responde por 90% do gado brasileiro e também de Mato Grosso do Sul, que gera cerca de 148 mil empregos diretos no setor.

Landmark, que preside a Comissão de Agronegócio da Câmara, defendeu vigilância sobre a atuação de frigoríficos e destacou o papel do Legislativo municipal na defesa dos produtores. O presidente da Casa, vereador Epaminondas Neto (Papy), reforçou que a taxação deve ser tratada com pragmatismo. “O Brasil precisa competir como país grande no comércio exterior, não só na carne, mas em todos os produtos que exporta”, disse.

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