
A safra agrícola brasileira de 2025 deve atingir um volume recorde de 341,9 milhões de toneladas, segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um crescimento de 16,8% em relação ao desempenho de 2024 — um salto de 49,2 milhões de toneladas.

O levantamento também aponta um avanço de 0,2% em relação à projeção feita em agosto, o que representa um acréscimo de 660,9 mil toneladas. Caso os números se confirmem, o Brasil alcançará a maior safra agrícola de sua história, consolidando ainda mais sua posição como potência global do agronegócio.
Área colhida também deve crescer - Além do volume colhido, a área total destinada às lavouras também deve aumentar. A estimativa do IBGE é de que a safra de 2025 ocupe 81,4 milhões de hectares, 2,4 milhões de hectares a mais que em 2024 — uma alta de 3,0%.
Na comparação com o levantamento de agosto, houve uma elevação de 102,7 mil hectares, crescimento de 0,1% na área plantada.
Soja, milho e algodão puxam alta
A produção de soja e milho, duas das principais commodities agrícolas brasileiras, será a principal responsável pelo crescimento da safra em 2025. A estimativa é que o Brasil colha:
165,9 milhões de toneladas de soja, um aumento de 14,4%;
138,4 milhões de toneladas de milho, alta de 20,7% em relação a 2024.
O milho 1ª safra deve subir 14,0%, alcançando 26,1 milhões de toneladas. Já o milho 2ª safra, tradicionalmente o mais expressivo, tem projeção de crescimento de 22,4%, somando 112,3 milhões de toneladas.
Alta também no algodão, arroz, trigo e sorgo
Outras culturas que devem registrar crescimento significativo em 2025 são:
Algodão: aumento de 10,6%, atingindo 9,8 milhões de toneladas, novo recorde;
Sorgo: alta de 24,8%, para 5,0 milhões de toneladas, também um recorde;
Arroz: crescimento de 17,2%, totalizando 12,4 milhões de toneladas;
Trigo: projeção de 7,8 milhões de toneladas, com aumento de 3,6%.
A única queda prevista é na produção de feijão, que deve recuar 0,5%, com produção estimada em 3,1 milhões de toneladas.
Os dados do IBGE reforçam a expectativa de um ciclo positivo para o agronegócio em 2025, com impactos diretos na economia brasileira, no mercado externo e na geração de empregos. A combinação entre aumento de produtividade e expansão de área plantada é vista como um indicativo da resiliência e da competitividade do setor.
