
O governo dos Estados Unidos anunciou uma taxa de 50% sobre a importação de carne brasileira, o que levou frigoríficos de Mato Grosso do Sul a suspenderem as exportações para aquele país. Essa decisão causou preocupação entre os produtores locais, que dependem desse mercado para escoar grande parte da produção.

Guilherme Bumlai, presidente da principal associação de criadores do estado, destaca que, apesar do impacto, a situação pode ser amenizada com a abertura e fortalecimento das vendas para outros países, como México, Indonésia, China e Chile. Segundo ele, essas alternativas podem absorver parte da produção que deixará de ser vendida aos EUA.
Os frigoríficos continuam trabalhando normalmente e buscando novos mercados, mas a mudança gera ajustes na escala de abate e pressão sobre os preços. O preço da arroba do boi gordo caiu levemente em algumas regiões, como Dourados, mas se manteve estável em Campo Grande e Três Lagoas. Além disso, a redução natural da oferta de gado para abate entre agosto e setembro pode ajudar a equilibrar o mercado e evitar quedas maiores nos preços.
Bumlai reforça a importância de ampliar e diversificar os destinos das exportações para proteger os produtores rurais de oscilações e instabilidades no comércio internacional. Ele destaca que o setor acompanha atentamente os desdobramentos da situação para buscar as melhores soluções para os criadores de Mato Grosso do Sul.
