
A vida no campo está mais segura para quem vive e trabalha na zona rural de Mato Grosso do Sul. Isso porque o Batalhão da Polícia Militar Rural (BPMRu) apresentou um relatório mostrando que os crimes diminuíram, em média, 50% em várias regiões do estado.

O resultado positivo foi apresentado nesta segunda-feira (30), durante reunião no Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho. Segundo o batalhão, essa queda nos crimes aconteceu graças ao uso de tecnologia, aumento das rondas no campo e uma parceria cada vez mais forte com os produtores rurais.
Mais rondas e visitas às fazendas - Durante o ano de 2024, a polícia rural fez mais de 22 mil abordagens a pessoas e veículos suspeitos, além de visitar mais de mil propriedades rurais para orientar os donos sobre segurança. Também foram feitas visitas solidárias e ações comunitárias, que ajudam a aproximar os policiais das pessoas que vivem no campo.
O comandante do batalhão, coronel Maurício Pavão, explicou que os policiais visitam as fazendas, olham pontos que precisam de melhorias, como cercas, iluminação e segurança dos galpões, e depois entregam um plano de ações para ajudar a proteger a propriedade. “A gente mostra o que pode ser feito para deixar o local mais seguro. E continuamos acompanhando para ver se está funcionando. Isso tem ajudado a reduzir furtos e invasões”, disse o coronel.
Menos roubos e mais segurança - O trabalho da polícia também gerou resultados práticos: 156 animais furtados foram recuperados, 29 armas apreendidas, 56 veículos usados em crimes foram retidos e 14 tentativas de invasão de terras foram impedidas. Com essas ações, o prejuízo causado ao crime organizado foi de cerca de R$ 26 milhões.
Tecnologia no combate ao crime - Além das rondas, a polícia rural também usa tecnologia para melhorar o atendimento. Programas como CADG-SIGO e Power BI ajudam a identificar áreas mais perigosas e a organizar melhor as patrulhas. Com essas ferramentas, os policiais conseguem agir mais rápido quando há alguma denúncia ou situação de risco.
Ajuda dos produtores rurais - Os produtores também fazem parte dessa rede de segurança. Muitos usam grupos de WhatsApp para conversar com os policiais, avisar sobre movimentações suspeitas e pedir ajuda. Segundo Eduardo Monreal, presidente do Sindicato Rural, essa parceria tem dado resultado. “Ter a polícia por perto e poder falar com eles direto dá mais tranquilidade. A gente sente que pode trabalhar com mais segurança”, comentou.
Segurança feita com união - O trabalho do Batalhão Rural mostra que segurança no campo não depende só da polícia, mas da união entre produtores, tecnologia e ações planejadas. Ao visitar as propriedades, conversar com as pessoas e usar as informações de forma inteligente, a polícia consegue agir antes que o crime aconteça.
Esse modelo já mostra bons resultados e pode servir de exemplo para outras regiões do Brasil. Com a queda nos crimes, os produtores podem cuidar da terra com mais tranquilidade e garantir alimento e renda para o estado.
