
Recursos para a agricultura familiar tiveram aumento expressivo no governo federal e atingiram R$ 78 bilhões no novo Plano Safra 2025/26, lançado nesta segunda-feira (30) no Palácio do Planalto. O montante representa um crescimento de 47,5% em relação ao valor de 2022/23, quando foram destinados R$ 53 bilhões ao setor.

“Vocês têm um presidente da agricultura familiar. O presidente Lula elevou os recursos em quase 50%”, afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, durante o anúncio.
O governo também anunciou que 167 mil operações foram renegociadas pelo programa Desenrola Rural. Segundo o ministro, esse esforço foi fundamental para destravar financiamentos e garantir fôlego aos pequenos produtores.
Teixeira informou ainda que todos os bancos passarão a oferecer microcrédito orientado, com foco em famílias agricultoras que enfrentam mais dificuldade de acesso ao sistema financeiro tradicional.
O número de contratos ativos no setor subiu 26% no país, alcançando a marca de 1,7 milhão de financiamentos. Na região Nordeste, esse crescimento foi ainda mais acentuado: 90%, conforme dados apresentados pelo ministério.
Além do volume recorde de crédito, o Plano Safra manteve taxa de juros reduzida, de 3% ao ano, para financiamento da produção de alimentos como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, leite e ovos. De acordo com o ministro, esse subsídio busca reforçar a segurança alimentar e valorizar a agricultura familiar como estratégica para o país.
Outro destaque do balanço apresentado foi o aumento expressivo nas operações voltadas ao custeio de produção e aquisição de máquinas agrícolas. Esse tipo de financiamento cresceu 73,6%, indicando maior capacidade de investimento por parte dos pequenos agricultores.
