No dia 18 de setembro de 2025, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e confirmou o que muitos produtores de Mato Grosso do Sul já percebiam no campo: o estado vive o melhor momento da história da suinocultura local. Com 1,85 milhão de suínos registrados em 2024, o MS bateu seu recorde histórico e manteve-se como o sexto maior rebanho do país.
O aumento de 3,54% em relação a 2023 não apenas mostra a força da atividade no estado, como também posiciona três municípios sul-mato-grossenses entre os maiores produtores de suínos do Brasil. Glória de Dourados lidera com 323.899 cabeças e ocupa a 9ª colocação no ranking nacional. Logo atrás vêm Jateí, com 215.373 suínos (19ª posição), e Dourados, com 203.566 (23ª posição).
Mas nem tudo cresceu. Apesar do avanço geral no número de animais, a quantidade de matrizes — as fêmeas reprodutoras — diminuiu. Em 2024 foram contabilizadas 229 mil cabeças, uma queda de 5,5% em relação ao ano anterior. Segundo o levantamento, essa redução pode indicar ajustes estratégicos dos produtores na reposição do rebanho, visando mais eficiência e produtividade.
Entre os municípios com maior número de matrizes, Jateí também lidera com 38.174 fêmeas, seguido por Ivinhema (25.711) e Brasilândia (19.525).
Enquanto a suinocultura avança, outras criações no estado mostram retração. O rebanho bovino, por exemplo, caiu 0,8% em 2024, embora o MS ainda ocupe o quinto lugar no ranking nacional com 18,7 milhões de cabeças. Criações como equinos, ovinos, caprinos e galináceos também registraram quedas significativas.
No cenário nacional, Santa Catarina segue como o maior produtor de suínos, com 9,3 milhões de animais, seguido por Paraná (7,3 milhões), Rio Grande do Sul (6,1 milhões), Minas Gerais (5,6 milhões) e Mato Grosso (2,2 milhões). Mato Grosso do Sul vem logo em seguida, consolidando sua posição como potência emergente da suinocultura brasileira.
A PPM, principal fonte de dados da pecuária no país, é construída com base em informações colhidas diretamente com produtores, técnicos e instituições ligadas ao agronegócio. Os números servem de base tanto para políticas públicas quanto para decisões estratégicas de empresas do setor.
Para os criadores de porcos do Mato Grosso do Sul, os números de 2024 representam mais que estatísticas. São o reflexo de anos de trabalho, investimento e resistência num mercado cada vez mais competitivo.
