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AGROPECUÁRIA

MS celebra 10 anos sem raiva humana e reforça liderança em defesa agropecuária no 3º E-Raiva

Evento reúne mais de 600 participantes e destaca parceria entre governo e UFMS no controle de zoonoses e fortalecimento da sanidade animal

19 setembro 2025 - 08h10Maria Edite Vendas
Autoridades e especialistas se reúnem na abertura do 3º E-Raiva MS, em Campo Grande, destacando os avanços de Mato Grosso do Sul no controle da raiva e na defesa agropecuária nacional.
Autoridades e especialistas se reúnem na abertura do 3º E-Raiva MS, em Campo Grande, destacando os avanços de Mato Grosso do Sul no controle da raiva e na defesa agropecuária nacional. - (Foto: Divulgação)
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O Mato Grosso do Sul alcançou um marco importante: há dez anos o Estado não registra casos de raiva em seres humanos. O dado foi comemorado nesta quinta-feira (18) durante a abertura do 3º Encontro sobre Raiva em Mato Grosso do Sul (E-Raiva MS), que segue até sexta-feira (19) reunindo mais de 600 participantes, entre estudantes, pesquisadores, profissionais de saúde, autoridades e sociedade civil.

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Realizado com apoio da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e do Governo do Estado, por meio da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o evento busca discutir estratégias de prevenção e controle da raiva e outras zoonoses, dentro de uma abordagem de saúde única — que integra a saúde humana, animal e ambiental.

Durante a solenidade de abertura, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, destacou a eficiência da defesa agropecuária sul-mato-grossense e a posição de liderança da Iagro no cenário nacional. "O Estado se consolidou como principal referência em defesa agropecuária no Brasil. A obtenção da certificação internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, entregue em Paris, é fruto da competência técnica e da integração entre instituições", afirmou.

Segundo Verruck, essa atuação integrada entre o setor público, universidades e produtores é fundamental para manter a competitividade do agronegócio e garantir segurança à população. “Estamos investindo na construção de soluções conjuntas com a UFMS, reforçando a importância da pesquisa e da ciência na formulação de políticas públicas”, destacou.

Para o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, o sucesso da sanidade agropecuária de MS também reflete o compromisso da sociedade em cumprir as normas sanitárias. “Estamos há dez anos sem casos de raiva humana graças à fiscalização, ao envolvimento da população e à atuação técnica dos nossos profissionais”, afirmou. Ele ressaltou que o controle depende da troca constante de conhecimento e da capacitação das equipes.

“É um trabalho coletivo, que envolve desde o produtor até o pesquisador. A Universidade tem um papel essencial ao gerar conhecimento e preparar os profissionais para enfrentar os desafios da saúde pública e animal”, acrescentou.

Além da Iagro e da UFMS, participaram da abertura representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), da Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS), do CRMV-MS (Conselho Regional de Medicina Veterinária) e de diversas instituições ligadas à área da saúde e do agronegócio.

A reitora da UFMS, Camila Ítavo, ressaltou que o evento fortalece a troca de experiências entre os diversos setores envolvidos. “Esse espaço é essencial para o compartilhamento de práticas e conhecimentos que fortalecem o compromisso com a saúde coletiva”, disse.

A representante da SES, Melissa Amin, destacou a importância da vigilância integrada. “A raiva é uma zoonose evitável, mas que exige ação conjunta. Essa mobilização estadual é um exemplo para o Brasil”, completou.

A certificação internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, conquistada por Mato Grosso do Sul em parceria com o Ministério da Agricultura (Mapa), também foi lembrada como um avanço importante. “Esse reconhecimento internacional simboliza nossa capacidade técnica e abre portas para novos mercados no exterior”, afirmou Verruck.

Para ele, o evento E-Raiva simboliza não apenas o controle da raiva, mas a maturidade de uma política de defesa agropecuária baseada em ciência, planejamento e articulação. “Não é obra de uma pessoa ou de um setor. É o resultado de uma rede articulada, que faz de MS uma referência nacional”, concluiu.

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