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RECORDE BATIDO

Mato Grosso do Sul bate recorde e produz 14,2 milhões de toneladas de milho na safra 2024/2025

Com avanço de 68% na produtividade, estado consolida protagonismo no abastecimento interno, exportações e atração de investimentos

9 setembro 2025 - 07h50
O avanço da produção de milho em Mato Grosso do Sul eleva as expectativas do mercado, refletindo positivamente na economia regional e na competitividade do setor.
O avanço da produção de milho em Mato Grosso do Sul eleva as expectativas do mercado, refletindo positivamente na economia regional e na competitividade do setor. - (Foto: Álvaro Rezende/Secom/Arquivo)
Terça da Carne

Mato Grosso do Sul atingiu um marco histórico na produção de milho e confirmou sua posição de destaque no agronegócio brasileiro. De acordo com o Projeto SIGA-MS, o estado registrou um crescimento de 68,2% na safra 2024/2025 em comparação com a anterior, superando todas as projeções iniciais. A produção saltou de uma estimativa de 10,1 milhões para 14,2 milhões de toneladas, puxada principalmente pelo aumento da produtividade.

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Mesmo com a área cultivada praticamente estável totalizando 2,1 milhões de hectares a produtividade média cresceu significativamente, chegando a 112,7 sacas por hectare, contra 67 sacas na safra anterior. O salto de 68,1% é atribuído à combinação de condições climáticas favoráveis, janela ideal de plantio, avanço tecnológico e adoção de boas práticas de manejo pelos produtores rurais.

A maior parte da semeadura ocorreu entre os meses de fevereiro e março, permitindo que as lavouras se desenvolvessem em abril, período com volume de chuvas ideal. Segundo o boletim do SIGA-MS, 78,1% das lavouras foram classificadas como boas, 15,3% como regulares e apenas 6,6% como ruins.

Apesar dos bons resultados, a colheita ainda não foi finalizada, o que exige cautela por parte dos produtores e analistas. Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja/MS, destaca que as projeções são animadoras, mas ainda dependem da finalização das operações no campo.

Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, a quebra de recorde é reflexo direto das boas práticas e da resposta do setor produtivo às demandas de mercado. Ele aponta que a produção de mais de 14 milhões de toneladas é suficiente para abastecer a indústria local, como a de etanol de milho e o setor de proteína animal, além de permitir a exportação para outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

"Isso é importante porque temos uma elevada demanda interna e estamos atraindo investimentos. Mato Grosso do Sul tem plenas condições de atender tanto ao mercado local quanto aos estados demandantes de milho", afirmou.

Verruck também destacou que o milho foi plantado em cerca de 45% da área ocupada anteriormente pela soja, o que abre espaço para o desenvolvimento de novas culturas e diversificação da produção no Estado. "Estamos trabalhando para incentivar o aproveitamento dessa área com outras culturas e promover novos investimentos no etanol de milho", completou.

Segundo o analista da Famasul, Jean Américo, os impactos do aumento na oferta de milho vão além do campo. "Esse avanço fortalece a renda agrícola, melhora a rentabilidade dos produtores, amplia o superávit comercial e consolida MS como polo estratégico no abastecimento nacional e internacional", afirmou.

Américo também destacou que o cenário favorece a atração de investimentos em tecnologia, logística e infraestrutura, reforçando o papel do milho como vetor de crescimento econômico no Estado.

Os dados do SIGA-MS também revelam as cidades com melhor e pior desempenho na produtividade por hectare:

Maiores produtividades

  • Chapadão do Sul 173,3 sc/ha
  • Alcinópolis 160,0 sc/ha
  • Sonora 152,5 sc/ha
  • São Gabriel do Oeste 147,1 sc/ha
  • Brasilândia 145,8 sc/ha
  • Menores produtividades
  • Ivinhema 57,8 sc/ha
  • Rochedo 50,7 sc/ha
  • Aparecida do Taboado 35,0 sc/ha
  • Nova Andradina 31,0 sc/ha
  • Aquidauana 19,1 sc/ha

Com um avanço expressivo na produtividade e uma safra histórica, Mato Grosso do Sul se consolida como um dos principais estados produtores de milho do Brasil. A combinação entre clima, tecnologia e gestão eficiente impulsiona não apenas o agronegócio, mas toda a economia regional, reforçando a vocação do Estado como protagonista no cenário agrícola nacional.

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