
Durante a Expogenética 2025, realizada no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, reforçou a importância do evento para o fortalecimento da pecuária e destacou o protagonismo do estado na produção de carne de qualidade.
Segundo ele, o avanço da genética na raça Nelore é um dos principais fatores que colocam o Brasil entre os maiores produtores de carne bovina do mundo. “A genética é o que transformou o Brasil nessa potência mundial da pecuária. Ela é responsável por levar uma carne de qualidade até o consumidor”, afirmou.
Bumlai ressaltou que Mato Grosso do Sul se consolidou como referência nacional pela combinação entre genética, nutrição e tecnificação. “Hoje, temos a arroba mais valorizada do país. Isso é fruto do trabalho sério do produtor sul-mato-grossense”, destacou.
Desafios e união do setor
O presidente também chamou atenção para os principais desafios enfrentados pelos pecuaristas, como os conflitos fundiários e questões ambientais. Ele defendeu a necessidade de segurança jurídica para o campo e criticou a indefinição sobre o marco temporal. “As regras precisam estar claras para que o produtor trabalhe com tranquilidade. Ainda não sabemos qual será a decisão do Supremo, e isso gera insegurança”, disse.
Bumlai reforçou a importância de melhorar a comunicação com a sociedade sobre as práticas sustentáveis do setor. “Fazemos uma pecuária de ponta e preservamos o meio ambiente. No Pantanal, mais de 86% da área está conservada graças aos produtores”, afirmou.
Apoio e diálogo
A Acrissul, segundo o presidente, tem atuado de forma ativa para representar os interesses do produtor. “Participamos de mais de dez comissões e conselhos. Levamos as demandas dos pecuaristas de forma organizada e buscamos soluções por meio do diálogo com as autoridades”, explicou.
Perspectivas e mercado
Em tom otimista, Bumlai afirmou que o setor vive um ciclo de alta e prevê valorização da arroba nos próximos meses. “Estamos em busca da tão sonhada arroba de R$ 400. O mercado deve reagir com a redução da oferta de bois e a tendência é de alta”, avaliou.
Ele também ressaltou que o preço da carne no varejo não acompanha diretamente as variações da arroba. “Quando a arroba cai, o preço nem sempre baixa na gôndola; e quando sobe, nem sempre aumenta na mesma proporção. Por isso, o consumidor deve pesquisar antes de comprar”, orientou.
Expogrande 2026
Bumlai adiantou que os preparativos para a Expogrande 2026 já começaram. A comercialização dos espaços foi aberta em outubro e o interesse do setor é crescente. “A feira está entre as dez maiores do país em movimentação financeira e público. Trabalhamos para que a próxima edição seja ainda mais forte”, afirmou.
Ao encerrar, o presidente destacou o associativismo como ferramenta essencial para o fortalecimento da classe. “A grande lição de 2025 foi a resiliência. Quando nos unimos, conseguimos enfrentar os desafios e proteger o produtor, que é quem paga a conta no final”, concluiu.
				
				
				
					
				
				
				
				
				
			

						