
O fim da colheita do milho de segunda safra trouxe reflexos diretos para os custos de transporte em Mato Grosso do Sul. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os preços de frete caíram em agosto na maioria das rotas que partem do estado, assim como em Goiás, Paraná e Mato Grosso, todos grandes produtores do cereal.

A queda está ligada à redução da demanda pelo transporte de grãos após o pico do escoamento, que ocorreu em julho. “Mesmo com a baixa em agosto, os valores ainda estão acima dos registrados no mesmo período do ano passado, em razão do volume recorde de produção”, explicou o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.
Enquanto MS e outros estados produtores registraram queda, o cenário foi diferente em outras partes do país:
Maranhão: preços também caíram;
Piauí: mercado estável, mas com menos movimento;
Bahia: fretes subiram em regiões como Luís Eduardo Magalhães, por causa da alta demanda;
Distrito Federal: aumentos expressivos, chegando a 12% em algumas rotas, como para Santa Catarina e Minas Gerais.
Mesmo com a oscilação nos preços de transporte, as exportações seguem aquecidas. Em agosto, o Brasil embarcou 17,9 milhões de toneladas de milho, superando o volume do mesmo mês de 2024 (15,7 milhões).
Os portos do Arco Norte lideram o escoamento do grão, com quase 40% da movimentação, seguidos por Santos (29,6%), São Francisco do Sul (11,6%), Paranaguá (11,4%) e Rio Grande (5%).
A soja também manteve ritmo forte: entre janeiro e agosto foram 86,5 milhões de toneladas exportadas, contra 83,4 milhões no mesmo período de 2024.
