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Famasul e Acrissul contestam declarações de ministras sobre incêndios no Pantanal

A nota foi assinada por Marcelo Bertoni, presidente da Famasul, e Guilherme Bumlai, presidente da Acrissul

1 julho 2024 - 11h50Da Redação
Guilherme Bumlai é o presidente da Acrissul e Marcelo Bertoni é o presidente da Famasul
Guilherme Bumlai é o presidente da Acrissul e Marcelo Bertoni é o presidente da Famasul - (Foto: Arquivo)

Após declarações das ministras do Planejamento e Meio Ambiente, Simone Tebet e Marina Silva, respectivamente, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) contestaram as declarações que atribuíram às propriedades privadas a responsabilidade pela propagação do fogo no Pantanal.

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Em nota divulgada no último sábado (29), as entidades ressaltaram que com mais de 270 anos de história, os pantaneiros conciliam preservação ambiental e pecuária sustentável. "Fatores naturais como seca prolongada, altas temperaturas, baixa umidade do ar e vegetação altamente combustível, somados à dificuldade de acesso, favorecem os incêndios que avançam rapidamente, especialmente em áreas onde não há atividade pecuária", diz o comunicado.

Trabalho dos militares no PantanalIncêndio no Pantanal sul-mato-grossense - (Foto: Arquivo)

Durante a vista em Corumbá na última sexta-feira (28), Marina Silva enfatizou a responsabilidade das propriedades privadas na propagação dos incêndios.

“Mão humana pode fazer muita coisa boa como estamos fazendo aqui, mas pode fazer também muitas coisas ruins, que é queimar um bioma único, como é o caso do Pantanal. 85% dos incêndios estão se dando em propriedades privadas. Os municípios que mais desmataram são os que mais têm incêndio. No caso de Corumbá, o ano passado tivemos um aumento de desmatamento de 50%, não por acaso está respondendo agora por 50% dos incêndios”, disse a ministra na ocasião.

Segundo o Instituto SOS Pantanal, o fogo está concentrado principalmente na região de Corumbá, ao longo dos Rios Paraguai e Paraguai Mirim, onde a vegetação, naturalmente úmida, proporciona um crescimento, acumulando biomassa altamente inflamável. "Fatores como seca prolongada, altas temperaturas, baixa umidade do ar e vegetação com características de alta combustão, somados à dificuldade de acesso, favoreceram os incêndios, naturais ou acidentais", diz a nota.

A nota assinada pelo presidente da Famasul, Marcelo Bertoni e pelo presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai reforçou que os pantaneiros não são responsáveis pelos incêndios no Pantanal. "Reforçamos nosso apoio, confiança e respeito à trajetória dos pantaneiros, que fazem da preservação ambiental o principal pilar de sustentação para a viabilidade econômica deste bioma, Patrimônio Natural da Humanidade", finaliza.

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