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Agropecuária

Com área livre de febre aftosa, MS caminha para um novo patamar da pecuária mundial

A deputada federal Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, comemorou o anúncio após anos de trabalho para a conquista sul-mato-grossense.

30 abril 2022 - 20h00Elton Pereira
Foto: Carlos Silva / MAPA
Terça da Carne

Mato Grosso do Sul caminha para um novo patamar na pecuária mundial. A afirmação foi feita pela deputada federal Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, que participou hoje (30), na 87ª ExpoZebu, em Uberaba (MG), do anúncio da suspensão da vacinação contra a febre aftosa em seis estados e no Distrito Federal. A medida ocorrerá após a última etapa de vacinação a ser realizada em novembro.

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"Com o esforço conjunto de todos, estamos anunciando a retirada da vacina, depois vamos encaminhar para a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e logo após, se Deus quiser, caminhar para o status de área livre de aftosa sem vacinação, entrando num novo patamar da pecuária nacional e mundial.", afirmou a deputada.
As unidades da Federação integram o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). São elas: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal.

A decisão foi comemorada pela deputada federal Tereza Cristina, que coordenou o programa enquanto estava à frente da pasta da Agricultura.

Reconhecimento da atuação de Tereza

O trabalho impecável da ex-ministra em implantar o plano de erradicação da febre aftosa no país foi enaltecido pelos representantes do Ministério da Agricultura presentes ao evento.

"Uma grande medida para a pecuária do Brasil, os estados conseguiram evoluir e vão ter a sua última data de vacinação agora em novembro, sendo a partir de 2023, áreas livres de febre aftosa sem vacinação. Tereza Cristina quando foi ministra fez questão de impulsionar esse programa e o reconhecimento não só do Mato Grosso do Sul, mas de todo o Brasil" destacou o secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal.

Já o ministro Marcos Montes enalteceu o trabalho da ex-ministra, que foi essencial para este novo cenário da sanidade animal. “Acho que nessa data de hoje, após um longo trabalho que a ministra Tereza Cristina fez, nós podemos anunciar isso, colocando Mato Grosso do Sul como livre de febre aftosa sem vacinação. É um prazer estar anunciando ao lado da sul-mato-grossense, Tereza Cristina", enfatizou.

O secretário de Produção e Agricultura Familiar do Estado, Jaime Verruck, relembrou o processo e destacou a união do governo federal e estadual. "Agradeço a toda equipe do Mapa, da Superintendência Federal de Agricultura, foi um trabalho conjunto. O Brasil tomou uma decisão estratégica importante, quando criaram o PNEFA. Tivemos uma grande parceria, o governo estadual se empenhou. Um dia histórico para a pecuária brasileira e sul-mato grossense, avaliou.

Ao todo, aproximadamente 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do país. No Estado serão cerca de 20 milhões de bovinos.

Status sanitário

A suspensão faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Para realizar a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da OIE.

O PE-PNEFA está fundamentado na avaliação contínua de indicadores que são monitorados regularmente de forma conjunta pelas equipes gestoras do plano estratégico, que reúnem os setores público e privado, em âmbito estadual e nacional. A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

Nesse momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV, que terão a vacinação suspensa em 2022, e os demais estados que ainda vacinam no país. Isso porque o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional das unidades da Federação como zonas livres da doença sem vacinação não será encaminhado para a OIE no próximo ano.

Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a OIE exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

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