
A colheita da segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul segue em ritmo mais lento do que o esperado, mas a expectativa é que o ritmo acelere nas próximas semanas. De acordo com o Projeto SIGA-MS, da Aprosoja/MS, até a quarta semana de julho, 31,6% da área plantada foi colhida, o que representa cerca de 644 mil hectares. Historicamente, mais de 90% da área cultivada é colhida até este período.

A região Sul do estado lidera a colheita, com 35,7% da área já colhida, seguida pelas regiões Central (24%) e Norte (19,7%). Esse progresso, no entanto, está abaixo do registrado no ano passado, quando o percentual de área colhida estava 34,3 pontos percentuais à frente do atual.
Flávio Aguena, assessor técnico da Aprosoja/MS, explicou que o atraso na colheita é reflexo do escalonamento do plantio devido ao déficit hídrico no início do ciclo, o que resultou em lavouras de desenvolvimento desuniforme. Além disso, as chuvas ocorridas na fase final da safra também retardaram o início da colheita em algumas regiões.
A Aprosoja/MS também aponta dificuldades logísticas, como o atraso no recebimento de cargas de milho em unidades da região central, onde as filas para descarregamento chegam a quatro dias, prejudicando o andamento da colheita.
Com a previsão de clima mais seco para as próximas semanas, espera-se que o ritmo da colheita aumente, principalmente nas regiões mais atrasadas. A produtividade média esperada é de 80,8 sacas por hectare, com uma estimativa de produção total de 10,2 milhões de toneladas - um aumento de 20,6% em relação à safra anterior.
