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Brasil deve bater recorde histórico na exportação de gado vivo em 2025

Volume de embarques cresce 16% e pode atingir 1,5 milhão de animais, impulsionado pela demanda do Oriente Médio e Norte da África

1 novembro 2025 - 15h25Williams Souza
Brasil deve atingir recorde histórico na exportação de gado vivo em 2025, com destaque para embarques destinados ao Oriente Médio e Norte da África.
Brasil deve atingir recorde histórico na exportação de gado vivo em 2025, com destaque para embarques destinados ao Oriente Médio e Norte da África. - (Foto: Divulgação)

As exportações brasileiras de gado vivo devem alcançar o maior volume da história em 2025, segundo levantamento da Agrifatto com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O país já embarcou 788,4 mil bovinos até setembro, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Somente em setembro, foram exportadas 137,1 mil cabeças, o segundo maior volume mensal já registrado, ficando atrás apenas de dezembro de 2024. A receita com as vendas externas somou US$ 147,9 milhões, com média de US$ 76,32 por arroba.

De acordo com a economista e CEO da Agrifatto, Lygia Pimentel, a tendência indica que o Brasil poderá encerrar 2025 com 1,5 milhão de animais enviados ao exterior, consolidando o maior resultado histórico do setor. A demanda vem, principalmente, de países do Oriente Médio e Norte da África, como Turquia, Iraque, Marrocos e Egito, responsáveis por cerca de 80% dos embarques. Com a Arábia Saudita, essa participação se aproxima de 100%.

A exportação é concentrada em regiões próximas a portos, com destaque para o Pará, que responde por 59,6% dos embarques, seguido de Rio Grande do Sul (22,4%) e São Paulo (5%). Segundo Lygia, fatores logísticos e a competitividade do boi brasileiro, atualmente o mais barato do mundo, explicam o bom desempenho.

“A competitividade do boi brasileiro está muito forte frente aos concorrentes. Esse é o principal motivo do aumento de volume e preço”, afirmou.

Apesar do avanço expressivo, o envio de gado vivo ainda representa uma parcela pequena da pecuária nacional. Em 2024, a atividade correspondia a 3,15% do total de animais abatidos no país e, mesmo que atinja 1,5 milhão de cabeças neste ano, deve representar apenas 3,59% do abate estimado para 2025.

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