
O Brasil poderá exportar aves vivas para os Emirados Árabes Unidos, segundo anunciaram nesta terça-feira (26) os ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores. O aval foi concedido após a conclusão de negociações sanitárias entre os dois países, que resultaram em um acordo de abertura de mercado para espécies avícolas.

A autorização vale para aves destinadas a fins ornamentais, conservação em zoológicos e outros usos não comerciais. O acordo não inclui a exportação de aves para abate ou para produção de ovos de consumo, conforme esclarecimento oficial das duas pastas.
A medida representa mais um passo na estratégia do governo federal de ampliar a presença brasileira em mercados internacionais. “Esta nova abertura faz parte da estratégia do governo brasileiro de diversificação da pauta exportadora, gerando oportunidades de negócios para produtores especializados”, destaca a nota conjunta.
Expansão das exportações agropecuárias
Em 2024, o Brasil já exportou mais de US$ 3,3 bilhões em produtos agropecuários para os Emirados Árabes Unidos, com destaque para carnes, itens do complexo sucroalcooleiro e café. A nova abertura pode fortalecer ainda mais os laços comerciais com a região do Golfo, que tem se consolidado como importante destino para o agronegócio brasileiro.
Ao longo deste ano, o país acumula 404 novas aberturas de mercado internacional para produtos do agronegócio, reflexo do esforço diplomático e técnico para reduzir barreiras comerciais e ampliar o alcance global da produção nacional.
Segmento de aves ornamentais ganha destaque
Embora não envolva o segmento comercial tradicional da avicultura, a exportação de aves vivas para fins ornamentais e de preservação atende a um nicho de mercado específico e crescente. O setor envolve produtores especializados, muitas vezes ligados a criadouros certificados e instituições científicas ou ambientais.
Além do apelo comercial, o acordo também pode fomentar parcerias em áreas como preservação de espécies, intercâmbio técnico e cooperação zootécnica.
A diversificação da pauta de exportações é vista como estratégica para o agronegócio nacional, que busca reduzir a dependência de poucos produtos e mercados. Ao conquistar espaço em setores menos tradicionais, o Brasil reforça sua presença internacional com maior sustentabilidade e especialização.
