
Relatório estatístico da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), indica que o consumo do produto no Brasil teve um avanço de 0,2%. Os brasileiros consumiram o equivalente a 478.998 sacas, levemente acima das 478.182 sacas registradas no primeiro semestre do ano passado.

Se tratando de exportações, houve o equivalente a 1,873 milhão de sacas de 60 kg no primeiro semestre deste ano e geraram uma receita cambial de US$ 323,5 milhões. Na comparação com os dados registrados entre janeiro e o fim de junho de 2021, o desempenho atual representa uma queda de 2,2% em volume, mas alta de 34,6% em valor.
O diretor de Relações Institucionais da entidade, Aguinaldo Lima, anota que a performance até agora surpreende, principalmente em volume, que recuou pouco diante das expectativas. "O resultado aferido no primeiro semestre é interessante diante da crise logística no comércio marítimo global e dos mais de quatro meses de conflito entre Rússia e Ucrânia", comenta.
No primeiro semestre de 2022, o Brasil exportou seus cafés solúveis a 104 países, com os Estados Unidos sendo o principal cliente. Os norte-americanos importaram 386.015 sacas até o fim de junho, o que representa 20,6% do total. Na sequência, vêm Argentina, com 154.137 sacas (8,2%); Indonésia, com 136.755 sacas (7,3%); e Japão, com 94.688 sacas (5,1%).
"No primeiro semestre, a guerra fez com que as importações russas e ucranianas de café solúvel do Brasil caíssem, juntas, quase 126 mil sacas, potencializando um declínio previsto em função dos gargalos logísticos. Por outro lado, as indústrias brasileiras ampliaram, de 45% a até 534%, suas vendas com outros 24 mercados, com destaque para Myanmar, Canadá, Reino Unido e Colômbia, que figuram entre os 10 principais destinos do produto nesses seis meses", completa. As informações são do AgroLink.
