Cada um de nós possui uma missão – espalhar a luz divina para os cantos mais escuros do mundo. Não importa a idade, sexo ou formação, cada pessoa foi criada para que, à sua própria maneira e ao seu alcance, transforme o mundo para melhor. O objetivo de todo indivíduo deve ser fazer sua parte para tornar seu entorno uma moradia divina – repleta de amor, bondade, saúde, alegria e paz verdadeira, procurando o significado oculto da vida e da realidade, atingindo o verdadeiro propósito do espírito.
Jesus, o mestre dos mestres, o ser mais evoluído que já encarnou em nosso planeta – tão importante que a história da humanidade se conta antes e depois de seu nascimento –, não conseguiu se fazer entendido, apesar de todos os seus esforços.
Cristo deixou ensinamentos que perduraram pelos séculos e chegaram até nós, conseguindo conquistar adeptos em todo o mundo ocidental. Sua mensagem foi ouvida, mas não entendida em toda sua complexidade porque a grande maioria dos que se dizem cristãos não cumprem Seu mandamento maior: amar a Deus sobre todas as coisas e a seu semelhante como a si mesmo. E também não julgar e perdoar sempre.
O que caracteriza de forma clara a mensagem de Cristo é Sua própria conduta, pois Ele sempre cumpria o que dizia. E nós, que nos dizemos cristãos, fazemos isso?
Qual era a missão de Jesus Cristo aqui na Terra?
Jesus quer apenas comunicar o que recebeu de Deus. Por isso, no mundo, Ele não faz a própria vontade, mas realiza as obras de Deus, e foi fiel à sua missão. E a missão que o Pai atribuiu a Jesus é a de salvar: retirar a humanidade do reino das trevas e conduzi-la para o reino da luz.
A síntese de Seu ensinamento está contido no Sermão da Montanha, o maior discurso já proferido neste planeta.
No meu entendimento, a vinda de Jesus foi para mostrar aos homens, o caminho, a verdade e a vida, consubstanciados no seu exemplo de como exercer a fé – que não é crença, é fidelidade. No momento supremo, na cruz, Jesus disse: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”, e com a consciência do dever cumprido, completou: “Senhor, Senhor, como me glorificaste!”
Assim, Ele não veio por algum pecado cometido pelos homens, mas, repito, para mostrar o caminho, a verdade e a vida.
Jesus Cristo não fundou nenhuma igreja. As igrejas foram fundadas pelos homens. A uma mulher samaritana, Ele disse: “Mulher, acredite em mim. Está chegando a hora, em que não adorarão o Pai, nem sobre esta montanha, nem em Jerusalém. Mas está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e verdade” (Jo 4, 21-24).
A missão de Jesus Cristo, de acordo com as fontes bíblicas e teológicas, pode ser resumida em três pontos principais: a salvação da humanidade pelo exemplo de Cristo, o perdão e a manifestação do amor de Deus.
Em suma, a missão de Jesus pode ser compreendida como um ato de amor e salvação, que se manifesta por meio de Sua própria vida, ensinamento e sacrifício, e nos convida a seguir o Seu exemplo e viver em conformidade com a vontade de Deus.
Jesus sempre lembrava às pessoas que Suas obras estavam alinhadas com a vontade de Deus para que “o Pai [fosse] glorificado no Filho” (João 14:13).
Jesus é também o exemplo perfeito do amor. Durante Sua vida na Terra, Ele cuidou dos pobres e curou os enfermos (Lucas 17:12–19). Ensinou que devemos perdoar. Mesmo quando morreu na cruz, Jesus perdoou as pessoas que O mataram.
Seus ensinamentos estavam muito à frente de Seu tempo. Ele nos ensinou a amar nossos inimigos. Ele nos ensinou a amar as pessoas, independentemente de raça, idade, sexo ou nacionalidade. Ele nos ensinou a amar a Deus e amar ao próximo. Mas, principalmente, Ele demonstrou amor em tudo o que fez.
Um dos aspectos mais impressionantes do ministério salvador de Jesus é a igualdade com que tratava todas as pessoas, ele sempre acolhia, como no caso do mendigo cego e da mulher samaritana. Mais do que qualquer outra coisa, a cruz mostra a igualdade de todas as pessoas perante Deus. De que forma essa verdade deve afetar nossa maneira de tratar os outros, mesmo aqueles por quem cultivamos sentimentos antagônicos – seja por motivo de política, cultura, etnia, ou qualquer outra coisa? Por que essa atitude é tão contrária a Jesus?
Hoje, mais do que nunca, é tempo de entender Sua mensagem e colocá-la em prática.
Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.