
Olavo de Carvalho dizia uma frase forte e atual:
“Moderação na defesa da verdade é serviço prestado à mentira”.
Essa frase traz uma lição direta: não existe neutralidade quando a verdade está em jogo. Se ficamos calados, damos espaço para que a mentira seja repetida até parecer normal. Esse processo é conhecido como Janela de Overton: algo que antes era impensável vai, pouco a pouco, sendo tratado como aceitável, até que quem discorda é acusado de atrasado ou preconceituoso.
Quero trazer um exemplo que chegou recentemente às minhas mãos: uma cartilha lançada em Campo Grande por um instituto, que trata sobre gestação de homens trans e, pasmem, com o desenho de um homem grávido na capa.
Sinceramente, eu não acreditei quando vi isso. Vamos ser claros: biologicamente, quem engravida é a mulher. Isso nunca mudou e nunca vai mudar.
Então, qual é o objetivo de uma cartilha como essa? Não é educar sobre saúde. É alimentar uma militância ideológica, empurrando goela abaixo uma confusão de gênero para nossas crianças, adolescentes e famílias.
Esse é o exato mecanismo da Janela de Overton: pegar algo impensável, insistir, repetir e normalizar até que pareça inevitável.
O debate aqui não é sobre respeito às pessoas, afinal todas merecem dignidade e tratamento humano. O debate é sobre impor ideologia como se fosse ciência, manipular consciências e atacar a verdade biológica.
Olavo de Carvalho foi professor, filósofo, escritor e jornalista brasileiro, autor de mais de 40 livros. Chamado de pai da direita no Brasil, rejeitou o título, mas suas ideias marcaram o debate público sobre conservadorismo, política, religião e filosofia, sempre defendendo a verdade e a liberdade intelectual como pilares da sociedade.
