Potência absurda - O Mustang Dark Horse mal aterrissou no Brasil e já foi “desmoralizado” pela Shelby. A preparadora americana resolveu que 507 cv não eram suficientes e elevou o V8 5.0 Coyote para 861 cv, um ganho de mais de 350 cv. É o tipo de exagero que só os americanos conseguem vender com naturalidade.
Caixa à escolha - Mesmo com tanta força, a Shelby manteve a tração traseira e ainda dá duas opções de câmbio: manual Tremec de seis marchas, para os puristas, ou o automático de 10 velocidades, o mesmo usado nos Dark Horse vendidos no Brasil.
Suspensão de corrida - Não adianta só andar em linha reta. A Shelby trocou buchas de borracha por rolamentos metálicos, colocou amortecedores coilover ajustáveis, freios maiores e barra estrutural traseira. A ideia é domar a cavalaria em curvas, não só fazer fumaça em arrancadão.
O Mustang Dark Horse mal aterrissou no Brasil e já foi “desmoralizado” pela Shelby.
Peso controlado - Com tantas mudanças, o Super Snake-R engordou apenas 52 kg em relação ao Dark Horse, chegando a 1.816 kg. Mérito das rodas de magnésio forjado de 20 polegadas, que sozinhas tiraram 16 kg do conjunto. Aqui, cada grama faz diferença.
Visual sem frescura - Adeus cavalinho da Ford, entra em cena a cobra da Shelby. A grade foi redesenhada, os para-choques ganharam mais entradas de ar e o pacote aerodinâmico em fibra de carbono (capô, difusor, spoiler e afins) reforça o tom de carro de pista.
Asa de respeito - Na traseira, o Mustang ganhou uma asa bem maior e um spoiler tipo “ducktail”. Não é só enfeite: a peça ajuda a colar o carro no chão em alta velocidade. Pelo menos é isso que a Shelby garante.
Interior exclusivo - Dentro, bancos esportivos feitos pela Shelby, revestidos em couro com Alcantara, soleiras personalizadas e plaqueta numerada. Nada revolucionário, mas suficiente para diferenciar o dono do Super Snake-R do vizinho que “só” tem um Dark Horse.
Preço salgado - O brinquedo custa US$ 225.995 (cerca de R$ 1,24 milhão), já incluindo o Mustang Dark Horse doador. É praticamente o dobro do preço da versão original no Brasil, vendida a R$ 649 mil. Exclusividade tem tarifa pesada.
Exclusividade garantida -A Shelby não falou em números de produção, mas tradicionalmente esses pacotes são bem limitados. Ou seja, não espere ver um Super Snake-R preso no trânsito da Marginal Tietê — a não ser que algum colecionador excêntrico decida trazer um.
O exagero americano - No fim das contas, o Super Snake-R é a tradução perfeita do “mais é mais” americano: potência que beira o insano, visual que não passa despercebido e preço proibitivo. É improvável que algum brasileiro compre, mas serve para lembrar que, no mundo dos muscle cars, sempre existe espaço para mais exagero.