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Heitor Freire

LIVRE PENSAR

A MEDICINA CHINESA

21 julho 2025 - 09h50Por Heitor Freire

A tecnologia moderna tem avançado muito e cada vez mais no atendimento e no diagnóstico médico. São muitos equipamentos de última geração que se veem ultrapassados de uma hora para outra, em razão do incessante avanço tecnológico, como é o caso de cirurgias realizadas por meio de ferramentas robóticas de incrível precisão.

Aí está a inteligência artificial para contribuir com sua imensa variedade de ativos que revolucionam a medicina e a saúde, oferecendo ferramentas para diagnósticos mais rápidos e precisos, tratamentos personalizados e otimização de processos administrativos. A IA na saúde refere-se ao uso de algoritmos avançados e análise de dados para auxiliar médicos em decisões clínicas e melhorar a eficiência dos cuidados com os pacientes. 

Paradoxalmente, há uma busca cada vez maior pela medicina tradicional chinesa. É crescente o número de médicos que está se especializando em acupuntura, por exemplo. Essa volta às origens pode se dar pelo reconhecimento desse sistema médico milenar originário da China que se baseia em teorias como o yin-yang – que afirma que tudo no universo, inclusive o corpo humano, é composto por forças opostas e complementares, yin (frio, escuro, feminino), e yang (quente, claro, masculino), e que o equilíbrio dessas forças é essencial para a saúde.

A medicina tradicional chinesa ensina que temos uma energia vital que se denomina qi (pronuncia-se tchi), que flui pelo corpo através de meridianos. Os meridianos são vias invisíveis que percorrem o corpo, conectando diferentes órgãos e sistemas, mantendo o equilíbrio e a harmonia. Eles são considerados canais por onde a energia flui, e o desequilíbrio nesse fluxo pode levar a doenças. Os meridianos têm a função de transportar energia vital, sangue e fluidos por todo o nosso corpo. 

A medicina tradicional chinesa abarca também os cinco elementos: madeira, fogo, terra, metal e água. Eles estão relacionados aos nossos órgãos, sistemas e funções do corpo, bem como a aspectos emocionais e climáticos. A medicina chinesa engloba diversas práticas terapêuticas, como acupuntura, fitoterapia, dietoterapia, ventosa terapia e exercícios como o tai chi chuan e o qi gong.

A acupuntura é praticada pela inserção de finas agulhas em pontos específicos do corpo para estimular o fluxo do qi e promover a cura.

Já a fitoterapia utiliza o uso de plantas medicinais para tratar desequilíbrios e promover a saúde com fórmulas personalizadas para cada indivíduo. 

A dietoterapia é a adaptação da alimentação para restaurar o equilíbrio energético, considerando as propriedades terapêuticas dos alimentos. 

 A ventosa terapia se dá pela aplicação de copos em pontos específicos do corpo para criar sucção e aliviar dores musculares e articulares, além de melhorar a circulação. 

O qi gong e o tai chi chuan são exercícios que combinam movimentos suaves, respiração e concentração para fortalecer o corpo, melhorar o equilíbrio e promover o fluxo de qi. 

A doutora Karine Calligaris vem divulgando e promovendo cursos, eventos, seminários e estudos voltados para a prática da medicina chinesa com a aplicação de diversos exercícios que se destinam a promover a livre circulação da energia por todo o corpo. A doutora Karine é uma médica brasileira que aprendeu o mandarim e estudou a medicina chinesa in loco, pois morou doze anos na China, e publicou dois ótimos livros sobre o assunto: Fisiologia dos órgãos e vísceras de acordo com a medicina chinesa e Bases de diagnóstico da medicina chinesa.

Eu venho aprendendo e praticando os exercícios ensinados pela doutora Karine, e sou testemunha de que valem muito a pena. Recomendo a leitura e a prática.

Heitor Rodrigues Freire – Corretor de imóveis e advogado.

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