
Soube da história da Yasmin depois que a avó dela, dona Ilsa, trabalhou por um tempo em casa.
A mãe da Yasmin, a Elaine Dutra, trabalha em festas particulares e bufês como garçonete e sempre se destacou pela agilidade e proatividade.
Mas até então não sabia que ela tinha uma filha com deficiência física. Hoje, a Yasmin Gabrielly Dutra Silva é uma pré-adolescente típica.
Aos 12 anos, tem todas as vontades e hábitos dessa idade, não fosse sua falta de autonomia na locomoção.
A mãe Elaine conta que até o sétimo mês a sua gestação foi tranquila. Após esse período, ela foi diagnosticada com pré eclâmpsia e medicada com metildopa, para controle de pressão. Suas dores diárias faziam com que as idas ao posto de saúde fossem frequentes, para aplicação de soro. Na 39 semana, um ultrassom indicava que já havia pouco líquido e o parto mais indicado seria uma cesária de emergência. A ida a maternidade aconteceu no mesmo dia, mas o parto apenas um dia depois. Yasmin teve 2 paradas cardiorrespiratórias, aspirou mecônio, além de ter tido infecção generalizada. O índice que mede o padrão de vitalidade do bebê ao nascer - o Apgar - indicou primeiro 0, depois 2 e, após duas horas, indicou 5. Só então ela foi enviada à UTI, onde ficou por 30 dias, com convulsões frequentes. “ No início, não sabíamos sobre sequelas. Conforme os meses passaram fomos notando que ela não se comportava como uma criança normal. Fui procurar a pediatra dela, que está com ela desde a hora do parto, um Anjo na vida dela, dra. Francisca Duarte, e ela nos encaminhou pra neuro Maria José Maldonado. Aos 9 meses, fomos informadas que ela era uma criança PC (Paralisia Cerebral)por anoxia” relata Elaine.
A mãe ainda conta que agora com a cadeira quebrada a sua maior dificuldade é na locomoção, que tem que ser feita sempre no colo, inclusive para as necessidades fisiológicas, já que Yasmin não usa fraldas. A garota está no sétimo ano e adora ir à escola. Mesmo em tempos de pandemia, sua rotina é agitada: acorda às 9h, toma café, estuda e brinca no tablet, alem de ir a sessões de fonoaudióloga e fisioterapeuta. “Nosso sonho é ir pra AACD, em São Paulo. Ela pede especificamente para ir ao Teleton, chora até. Acreditamos que com incentivos ela vai conseguir andar ou ter, dentro das suas limitações, uma vida normal” .
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