Após a disparada no litro da gasolina que subiu mais de R$ R$ 0,30 nas bombas dos postos ontem e a redução zero do etanol, que deveria ter caído R$ 0,16 o Procon-MS vai intensificar a fiscalização dos valores nos estabelecimentos.
Em entrevista ao programa "Giro Estadual de Notícias" desta quarta-feira (19), o superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão, explica que foi notado uma variação de 7% no valor do combustível em MS. "Durante uma pesquisa no dia da alteração de preço, notamos um abuso muito grande por parte dos postos. Chegamos em estabelecimentos com o os tanques de reservatórios cheio de gasolina, comprados anterior ao aumento da alíquota e já determinado pelo proprietário o aumento do combustível injustificadamente", ressalta.
Salomão acrescenta que existem denúncias no interior do preço do combustível que ultrapassa R$ 5,00. "Esse valor é injustificável. Não tem o porquê esse produto chegar a esse valor. E o pior é que estes combustíveis foram comprados antes do aumento do ICMS, e alguns postos estão vendendo acima da média recomendada. Se essa gasolina foi comprada antes do aumento do ICMS, é preciso vender no valor da alíquota antiga até esgotar o reservatório", explica.
Em Campo Grande cerca de 140 postos foram notificados a última segunda-feira (17) pelo Procon-MS. "A fiscalização serve para detectar e punir postos que estão aplicando aumentos injustificados aos valores de comercialização", detalha.
MS é o terceiro produtor nacional de etanol, enquanto a gasolina consumida no estado vem toda de fora. O aumento do consumo do biocombustível tem o objetivo de estimular a produção local, geração de emprego e renda e o uso de um produto de origem vegetal, limpo, ecológico, alternativo e renovável, que vai ao encontro do projeto Estado Carbono Neutro.
Mercosul - Salomão atribui a queda no preço das placas Mercosul, ao esforço coletivo da população em denunciar os valores abusivos das empresas estampadoras responsáveis pelo emplacamento. Uma das empresas que fazem o serviço divulgou que reduziu de R$ 134,00, para R$ 129,00 a unidade, ou seja, R$ 258,00 o par necessário para fixação em cada veículo.
"A ação dos consumidores com o Procon contribuiu para a queda. Não estamos satisfeitos, mas já estamos com vários procedimentos em aberto e estamos organizando um parecer para que traga melhorias ao consumidor", informa.