Passado o “Outubro Rosa” e o “Novembro Azul”, chegou a vez do “Dezembro Laranja”. O mês laranja tem como intuito alertar as pessoas da prevenção ao câncer de pele, que de acordo com as estimativas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano de 2018 atingiu cerca de 165.580 mil pessoas, sendo os homens a maioria das vítimas, com uma média de 85.170 e a minoria mulheres, com um total de 80.140 vítimas.
Segundo a dermatologista Lidiane de Oliveira Costa em entrevista ao "Giro Estadual de Notícias" desta segunda-feira (2), é necessário ficar atento a qualquer mancha que surgir na pele.
A dermatologista Lidiane de Oliveira Costa em entrevista ao "Giro Estadual de Notícias" desta segunda-feira (2)
"O cancer de pele é o mais comum na população, e por isso chamamos a atenção para o diagnóstico precoce, pois atraves deste conseguimos a cura dessas pessoas", alerta.
A profissional explica que o cancêr de pele ocorre quando as células se multiplicam sem controle, podendo ser classificado de duas formas: câncer de pele melanoma que tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos. Já o câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no País. "A propria pessoa pode perceber em você mesmo quando tem multiplas lesões, aquela que se destaca das demais e procurar uma ajuda" diz.
Qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele, mas aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo são mais sensíveis ao sol, sendo mais comum em pessoas com mais de 40 anos. Mas as pessoas negras não estão livres de ter a doença.
"Nós temos casos de melanoma detectados em pacientes negros e que precisam de acompanhamento. Não é o de maior incidencia, porém é o maior letalidade", informa.
O principal causador do câncer de pele é a radiação ultravioleta (UV) natural proveniente do sol, que danifica o ácido desoxirribonucleico (DNA) das células da pele. A exposição solar crônica está associada principalmente ao câncer de pele espinocelular. Já as exposições durante a infância, com história de uma ou mais queimaduras solares, têm associação com os basocelulares e melanoma.
O câncer de pele não melanoma é o tipo de tumor mais frequente no Brasil, e embora tenha uma baixa letalidade, o grande número de casos e possíveis mutilações o tornam um problema importante de saúde pública no país.
Já o melanoma, apesar da baixa incidência, apresenta grande magnitude em razão da sua alta letalidade. De acordo com o DATASUS, em 2015 a região Centro-Oeste registrou uma média de 1.164 casos do tipo melanoma e 8.537 do tipo não melanoma.
Como se prevenir?
- Evitar exposição demasiada ao sol entre as 10h e 16h;
- Usar proteção adequada como roupas, bonés, óculos, sombrinhas e barracas;
- Fazer o uso do protetor solar em todas as ocasiões para quando sair de casa;
- Estar indo regularmente ao dermatologista de sua confiança.
Para saber dos sintomas do câncer de pele não melanoma, é necessário ficar atento quando regiões do corpo como rosto, pescoço e orelhas apresentar manchas, coceiras, um tom avermelhado e feridas que muitas vezes não cicatrizam em 4 semanas, podendo chegar ao sangramento.
Apresentando estes sintomas, procurar imediatamente um médico dermatologista. Lembrando que o quanto antes descobrir a doença, maiores são as chances de cura.
Neste sábado (7), dermatologistas de todo Brasil se unirão em prol da prevenção e combate ao câncer de pele. Em Mato Grosso do Sul, o atendimento será feito gratuitamente das 09h às 15h, no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, localizado na Av. Sen. Filinto Müler, 355 vila Ipiranga,e n o Hospital do Pênfigo, localizado na saída para Sidrolândia.