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EDUCAÇÃO

Olimpíada de Astronomia e Astronáutica prorroga inscrições para junho

Evento é voltado para estudantes de escolas públicas e privadas

28 maio 2020 - 14h24
O adiamento da data final das inscrições vale também para a Mostra Brasileira de Foguetes
O adiamento da data final das inscrições vale também para a Mostra Brasileira de Foguetes - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Em função da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a organização da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) decidiu estender de novo, agora até o final de junho, as inscrições para a 23ª edição. O prazo prorrogado anteriormente venceria no domingo (31). As inscrições podem ser feitas no site.

O adiamento da data final das inscrições vale também para a Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog).

O objetivo, segundo o coordenador nacional dos dois eventos, professor João Batista Garcia Canalle, astrônomo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é permitir que um número maior de escolas públicas e privadas possam inscrever seus alunos.

No ano passado, a olimpíada bateu o recorde de participantes na história, com 884.979 estudantes de 9.965 escolas de todos os estados e do Distrito Federal, além de duas do Japão. Canalle disse que, em geral, em torno de 20 mil escolas se inscrevem a cada ano mas, no final, na hora de aplicar a prova, apenas a metade acaba participando da OBA.

“Este ano, já tem um pouquinho mais de 20 mil escolas inscritas”, informou o coordenador. “Com o tempo de inscrições sendo prorrogado, isso facilitou um acréscimo maior de escolas que acabam sendo informadas”.

Data

Não foi definida ainda a data para a realização da olimpíada, diante da pandemia da covid-19. “É prematuro. Temos que aguardar as escolas voltarem ao [funcionamento] normal”. Ele disse que quando as escolas retornarem às aulas, a organização da OBA poderá marcar uma data adequada, “pelo menos para a maior parte das escolas participantes”.

Embora as escolas públicas sejam maioria entre os participantes da OBA, com 80% do total, Canalle disse que as escolas privadas estão ganhando espaço, percentualmente, mas de forma lenta. “Elas estão vendo que isso é interessante também, porque permite ao aluno se destacar, leva o nome da escola junto quando o aluno recebe medalhas, os pais também preferem que os filhos participem da olimpíada porque isso acaba sendo uma avaliação externa à que é feita na escola. Está crescendo [a participação], felizmente”, disse o professor.

Olimpíada

Realizada em fase única e voltada para todos os estudantes dos ensinos fundamental e médio, a olimpíada, em seus 23 anos de existência, já superou a marca de 10 milhões de participantes. Anualmente, são distribuídas cerca de 50 mil medalhas.

A olimpíada é dividida em quatro níveis, sendo os três primeiros dirigidos a alunos do ensino fundamental e o quarto para o ensino médio. A prova é composta por dez perguntas, sendo sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.

Os melhores classificados na OBA representam o Brasil nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2021 (OLAA). Os participantes da edição 2020 da OBA concorrem ainda a vagas nas Jornadas Espaciais que acontecem em São José dos Campos (SP), onde recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.

O professor João Batista Canalle disse que o objetivo da OBA é levar “a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, despertando o interesse nos jovens”.

Alunos e professores podem se preparar para a prova por meio do aplicativo Simulado OBA, disponível para celulares, tablets, e computadores, e pelo site da olimpíada, que fornece vídeos explicativos, provas e gabaritos das edições anteriores.

Foguetes

Também organizada pela OBA, a 14ª Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) prorrogou as inscrições. Voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país, a mostra avalia a capacidade dos estudantes de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de garrafa pet, tubo de papel ou de canudo de refrigerante.

Estudantes que já concluíram o ensino médio também podem participar, desde que representando a instituição na qual se formaram e com a concordância da mesma. O evento acontece dentro da própria escola e tem quatro níveis. A novidade deste ano é que professores também poderão construir e lançar foguetes de papel, mas sem concorrer a prêmios.

Em 2019, a Mobfog contou com 154.578 alunos. Para essa edição, são esperados mais de 200 mil alunos.

Organização

A coordenação da OBA é exercida por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Paulista (UNIP).

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