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JUSTIÇA

Mãe de santo acusada de homicídio será julgada nesta quinta-feira

Segundo o Ministério Público, o crime teria sido praticado por meio cruel

16 janeiro 2019 - 14h28
Todos os acusados foram pronunciados pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida
Todos os acusados foram pronunciados pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida
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Está marcado para esta quinta-feira (17), a partir das 8 horas, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, o julgamento de A.M.C., uma das cinco acusadas de concorrer para o crime de homicídio qualificado pelo emprego de meio cruel, em relação à vítima Hélio Teixeira da Costa.

De acordo com o processo, no dia 29 de janeiro de 2017, por volta das 7h30, na Avenida Wilson Paes de Barros, em Campo Grande, os denunciados mataram Hélio Teixeira da Costa, um ajudante de tornearia de 29 anos. Consta nos autos que no dia 28 de janeiro de 2017, um dia antes do crime portanto, a vítima teria se dirigido à casa da mãe de santo e uma das acusadas, A.M.C., local onde funcionava um centro de candomblé e estava sendo realizada a "festa de Exú".

De acordo ainda com o relatório, na madrugada seguinte, Hélio Teixeira teria retornado à residência da ré, momento em que foi agredido violentamente com socos e chutes pelos cinco acusados. Quando a vítima mal conseguia se mexer, o cunhado da mãe de santo, J.G. de L., e mais o auxiliar de cozinha de Três lagoas que também participara da festa, A.R. da S., arrastaram-no até o veículo de propriedade da acusada para matá-lo fora do terreiro. O esposo dela, G.J. de L., dirigiu o veículo, enquanto os outros acusados continuaram a agredir Hélio. O jovem de 18 anos, L.R. de A., que também concorreu para o assassinato, teria, inclusive, dado golpes de faca na cabeça da vítima ainda viva.

Chegando no local dos fatos, Hélio Teixeira teria sido posto para fora do veículo e teve seu pescoço cortado pelo rapaz de 18 anos. A vítima foi deixada no local e os denunciados evadiram-se.

Segundo o Ministério Público, o crime teria sido praticado por meio cruel, pois os acusados, agindo em maior número, agrediram a vítima com chutes, socos e golpes de faca, causando-lhe inúmeros ferimentos enquanto vivo, apenas com o intuito de prolongar e intensificar sua dor. Por fim, cortaram-lhe o pescoço, terminando de matá-lo.

Todos os acusados foram pronunciados pelo juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, no crime de homicídio qualificado pelo meio cruel (artigo 121, § 2º, inciso III do código penal). Todavia, os quatro réus recorreram da sentença e tiveram seu julgamento suspenso até decisão dos recursos. Como apenas a ré não recorreu da decisão de pronúncia, o processo foi desmembrado em relação a ela, tendo sido agendado seu julgamento para amanhã.

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