
Um juiz federal negou neste sábado, 20, o pedido do governo Trump de bloquear a divulgação do livro de memórias de John Bolton, observando que a publicação do ex-conselheiro de Segurança Nacional já havia sido "impressa, encadernada e enviada para todo o país".

Segundo o site Politico, o juiz Royce Lamberth do Tribunal Distrital dos EUA disse que o pedido do Departamento de Justiça para suprimir o livro, alegando razões de segurança nacional, seria impossível de aplicar, mas criticou a decisão de Bolton de avançar com a publicação sem o consentimento explícito do governo.
"Enquanto a conduta unilateral de Bolton levanta sérias preocupações de segurança nacional, o governo não estabeleceu que uma liminar é um remédio apropriado", escreveu Lamberth.
A decisão de Lamberth veio após uma audiência de quase duas horas conduzida na sexta-feira por videoconferência e telefone devido a restrições de coronavírus.
"O cavalo, como costumávamos dizer no Texas, parece estar fora do estábulo", disse Lamberth no início da audiência de sexta-feira. "Certamente me parece difícil o que eu poderia fazer sobre esse livro em todo o país."
