
Oficializado em setembro pelo Governo Federal, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) vai contar com duas unidades escolares em Mato Grosso do Sul, a partir de 2020. A proposta será implantada na Escola Estadual Alberto Elpídio Ferreira Dias – Prof. Tito, localizada no Jardim Anache, e na EE Marçal de Souza, no Jardim Los Angeles.

A primeira, EE Alberto Elpídio Ferreira Dias – prof. Tito, em fase final de construção, vai colocar em prática uma proposta desenvolvida em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS). Durante esse mês de setembro, a Secretaria de Estado de Educação (SED) realizou uma consulta à comunidade, para saber a respeito do interesse da região na implementação da proposta, que contou com 93% de aprovação.
Uma das escolas, em fase final de consturção, colocará em prática a proposta desenvolvida em 2018. Foto: Divulgação
Já a segunda, EE Marçal de Souza é responsável pelo atendimento à 800 estudantes, matriculados nos ensinos Fundamental e Médio, e contou com quase 80% de aprovação da comunidade no momento de consulta antes da adesão ao Programa.
O superintendente de Políticas Educacionais da SED, Hélio Daher, coordenador de implantação das escolas cívico-militares na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE/MS), destacou os critérios e benefícios que as unidades terão ao fazer parte da nova proposta. “Foram escolhidas duas unidades em Campo Grande, uma no norte e outra no sul da cidade, ambas em regiões de vulnerabilidade. De acordo com a proposta do programa, as escolas terão apoio financeiro para infraestrutura, uniforme e material pedagógico, além da formação da equipe pedagógica e administrativa”, disse.
De acordo com o Governo Federal, a escola cívico-militar é um modelo desenvolvido para promover a melhoria na qualidade da Educação Básica do País. A proposta prevê, ainda, a construção de um ambiente de parcerias e de maior vínculo entre gestores, professores, militares, estudantes, pais e responsáveis.
Gestão e composição
De acordo com o superintendente da SED, a ordenação de despesas será da Secretaria de Estado de Educação. A gestão das unidades escolares também será da SED, que terão, abaixo da direção da escola, um responsável pedagógico e outro da área militar, que vai coordenar os trabalhos do Programa no ambiente escolar.
Na matriz curricular a novidade será a inserção de uma disciplina referente à atuação dos militares. O restante das unidades curriculares serão as mesmas utilizadas nas demais escolas da Rede Estadual, de formação geral básica, que contemplam a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
“É importante deixar claro que o Programa não visa a militarização dos estudantes. Não serão escolas militares. A atuação será em colaboração, nas áreas de gestão escolar e gestão educacional, a fim de contribuir com a melhoria do ambiente escolar. Vale destacar, ainda, que os militares não ocuparão cargos dos profissionais da educação, previstos – por exemplo – na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Um bom exemplo é o trabalho desenvolvido na EE Lino Villachá, no bairro Nova Lima, que possui um projeto em parceria com o Corpo de Bombeiros, com essa característica, há quase dois anos e com absoluto sucesso”, completa Hélio.
