
Diferentes profissionais, mesmo objetivo: combater todo e qualquer tipo de violência contra a mulher. Foi com essa ideia que a juíza Thielly Dias de Alencar Pithan e Silva, da comarca de Amambai, uniu representantes femininas de instituições para protagonizar um vídeo e ajudar vítimas que estejam sofrendo violência, sem ter como denunciar.

"Esse vídeo é sem som, pela sua segurança". Assim começa o vídeo, produzido pela Secretaria de Comunicação do Tribunal de Justiça de MS, com informações em português e em guarani, para ser replicado em redes sociais e aplicativo de conversa, oferecendo às vítimas um alento, para que elas saibam que não estão sozinhas.
A juíza explicou que a escolha da língua guarani é resultado da intenção de alcançar as mulheres indígenas, já que existem três aldeias naquele município e a mulher indígena, não raras vezes, também é vítima de violência doméstica. "Por isso, fizemos questão de preparar a ação na língua materna indígena guarani", explicou Thielly.
Assim, o vídeo é composto por mulheres segurando cartazes com informações direcionadas especialmente a mulheres vítimas de violência, que não conseguem quebrar o ciclo e denunciar seus agressores, além de pessoas próximas que convivem com a vítima e desejam ajudar.
As mulheres que participam do vídeo são a juíza Thielly Dias de Alencar Pithan e Silva; a assistente social Ana Carolina da Silva, a psicóloga Vanderlice Insabral; a assessora de gabinete Thaynara Nogueira Kappaun; a analista judiciária Sueli Arlete Brolino; a promotora de justiça Nara Mendes dos Santos Fernandes, e a técnica administrativa do MPE, Claudete Ferreira Rodrigues de Sá.
Com elas estão as soldados da Polícia Militar Rikeli Pereira e Carina Mayara Cesare, além da delegada da polícia civil Larissa Franco Serpa. Da área de saúde participam do vídeo a médica Renata Sottomaior Izzo, a ginecologista Edneia Yuri Yokoo, a esteticista Patrícia Selhorst, a farmacêutica Camila Aguiar Rodrigues Vizú e a nutricionista Michelle Cristina Fetter de Oliveira.
Aparecem ainda no vídeo a assessora jurídica Mariana Rodrigues Zamprogna; Carla Letícia Manfroi, coordenadora do Cadastro Único; a psicóloga Karen Bianca Fernandes de Moraes; a conselheira tutelar Adriana Gomes Pereira, a intérprete Rosidaria Ramires Paná; a auxiliar de serviços gerais Mauriceia da Silva Leme; as técnicas do Seguro Social Aparecida Pereira Lopes e Gilmara Peres Dechini Vagetti Lourenço, e a advogada Caroline Praetorius Ferraz Fachin.
Importante lembrar que a ideia é inspirada no vídeo feito pelo Movielas - coletivo de mulheres profissionais das áreas de som e de imagem do audiovisual do Distrito Federal, e a proposta já foi executada em maio na comarca de Angélica.
A juíza Thielly Dias de Alencar Pithan e Silva é uma defensora dos direitos das mulheres e resolveu participar da iniciativa depois de perceber que, em razão do isolamento social, causado pela pandemia, o número de casos envolvendo violência contra a mulher aumentou sensivelmente já que muitas mulheres estão sendo obrigadas a conviver por mais tempo em casa com abusadores e não têm condições ou coragem para denunciar.
Compartilhe o vídeo. Divulgue para alcançar o máximo de mulheres. Pode ser que uma delas precise apenas dessa iniciativa para buscar ajuda.
As protagonistas mostram ainda contatos para denúncia de qualquer tipo de violência como o 190 da Polícia Militar; 3903-1032 do Programa Mulher Segura (Promuse/Amambai), o 3481-1415 da Polícia Civil de Amambai; o 3481-2477, do Ministério Público de Amambai, Disque-denúncia 180; 3481-5000 do Creas; disque 100 do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e os sites www.naosecale.ms.gov.br e www.pc.ms.gov.br para denúncia on-line.
