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EDUCAÇÃO

Arte e música têm espaço garantido em instituto de tecnologia na Índia

7 maio 2019 - 15h50
Mariana Tokarnia/Repórter da Agência Brasil
Mariana Tokarnia/Repórter da Agência Brasil

Em meio aos estudos de cálculos, sistemas eletrônicos e inovação, os alunos do Instituto de Tecnologia Dr. Ambedkar, em Bangalore, na Índia, também têm espaço para o aprendizado das artes.

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Para complementar o currículo, os estudantes interessados podem fazer aulas de música carnática – um dos subgêneros da música clássica indiana, baseada no canto.

Habilidades como resolução de problemas, criatividade e empatia são estimuladas entre os alunos. Na avaliação da professora Bhagyashree Chandrashekar, responsável pelas aulas de música carnática, os estudos musicais podem contribuir para desenvolver essas aptidões.

“Aprender a música carnática é aprender o poder da paciência, da concentração, de criar, recolher, reconstruir e desenvolver. Todas, boas qualidades humanas”, destaca a professora.

Voltado para a área de tecnologia, o instituto tem 38 patentes reconhecidas, entre registros nacionais e internacionais. A missão da instituição – que oferece cursos de engenharia civil, mecânica, elétrica e eletrônica, ciências da computação e ciência da informação - é formar estudantes que possam se adaptar às mudanças e aos desafios globais e que sejam inovadores.

Fundado em 1989, o Instituto de Tecnologia Dr. Ambedkar,é uma instituição autônoma que conta com financiamento do estado de Karnataka, do qual Bangalore é capital. Com 11 mil habitantes, Bangalore é uma das maiores cidades da Índia.

A região é considerada o Vale do Silício indiano e concentra mais de 300 empresas de tecnologia da informação (TI) e escritórios de empresas multinacionais como a Google, além de fábricas de veículos como a Scania e Toyota.

Ênfase nas pessoas

O nome do instituto é uma homenagem ao jurista Bhimrao Ramji Ambedkar, um dos principais responsáveis pela elaboração da Constituição da Índia, adotada em 1950. Ele é conhecido por lutar contra a opressão social. A instituição carrega também essa missão.

Vários pensamentos do jurista estão espalhados pelas paredes do instituto: "A educação é tão necessária para mulheres quanto é para homens. A educação é uma importante arma para a salvaguarda das mulheres".

Com diversos edifícios e laboratórios que, no conceito ocidental, não seriam considerados luxuosos, o instituto mantém a ênfase no conhecimento e no desenvolvimento humano.

"A engenharia tem que permitir que você tire o que está na sua cabeça e execute”, disse o professor aposentado Peter Martin Jebaraj, que acompanhou a visita da missão técnica internacional do Semesp da qual a Agência Brasil participa. Para isso, é preciso ter boas ideias. E a música, como defende Bhagyashree, pode ser grande aliada nesse processo.

Confira entrevista com a professora Bhagyashree Chandrashekar:

Para saber mais sobre as experiências em educação de Singapura e da Índia, além de curiosidades sobre os dois países, acompanhe o Diário de Bordo da repórter Mariana Tokarnia.

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*A repórter viajou a convite do Semesp

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