
De passagem por Campo Grande para proferir palestra para magistrados e servidores, o ministro Luis Roberto Barroso foi recebido pelo Desembargador Divoncir Schreiner Maran, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, pelo Desembargador Julizar Barbosa Trindade, vice-presidente do TJMS, e pelo Desembargador Carlos Eduardo Contar, Corregedor-geral de Justiça, pelo Desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso, diretor-geral da Escola Judicial (Ejud/MS), e o diretor-geral do TJMS, Marcelo Vendas Righetti, para, em seguida, reunir-se com os desembargadores do TJMS, no Salão Pantanal.

Em clima informal, o presidente do Tribunal de Justiça ressaltou o que já havia dito ao ministro no gabinete, quando este foi recebido pelos integrantes da administração. "É com imensa satisfação que recebemos o ministro Barroso. Já disse a ele da nossa alegria em tê-lo em nosso meio. Somente o Des. Júlio para achar uma brecha na agenda do ministro Luiz Roberto Barroso e trazê-lo para nos abrilhantar com uma palestra sobre a nossa Constituição Cidadã".
"Eu tenho muito prazer em estar aqui, participar desse evento da Escola Judicial e conhecer pessoalmente os magistrados. Tenho visitado alguns tribunais e acho que o Poder Judiciário no Brasil, nos últimos 30 anos, viveu uma vertiginosa ascensão institucional e política. O Judiciário deixou um pouco de ser um departamento técnico especializado e passou a ser um verdadeiro poder, que divide espaço com outros poderes, nas questões próprias para o Poder Judiciário intervir", disse Barroso.
No entender do integrante do STF, nessas três décadas, houve um momento importante da demanda por justiça na sociedade brasileira. Ele acredita que as pessoas passaram a ter mais consciência, houve novas ações e o número de demandas perante o Poder Judiciário aumentou exponencialmente. Para Barroso, o aumento foi além do limite que o judiciário é capaz de suportar.
"Em algum momento, em breve, no futuro, teremos que passar por um processo desjudicialização porque não há estrutura que suporte este aumento crescente. Temos hoje 70 milhões de processos em curso e 140 milhões de eleitores - isso significa que um em cada dois adultos está litigando em juízo nesse momento. Um número muito impressionante e não há estrutura que dê conta disso", destacou.
Além do presidente e do vice-presidente do TJMS, estiveram no encontro com o ministro os desembargadores Paschoal Carmello Leandro, Luiz Gonzaga Mendes Marques, Luiz Claudio Bonassini da Silva, Júlio Roberto Siqueira Cardoso, Vilson Bertelli, Jairo Roberto de Quadros, Luiz Tadeu Barbosa Silva, Geraldo de Almeida Santiago, Ruy Celso Barbosa Florense, Marcelo Câmara Rasslan, Fernando Mauro Moreira Marinho, Paulo Alberto de Oliveira, Jonas Hass Silva Jr., Marcos José de Brito Rogues, Eduardo Machado Rocha, Alexandre Bastos e Odemilson Roberto Castro Fassa; e o Defensor Público Geral Luciano Montali.
