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ARTIGO

Racismo — cancro social

Não é de hoje que levanto minha voz contra esse cancro da sociedade, inclusive porque, como a maioria dos brasileiros, tenho sangue negro

19 março 2018 - 11h20José de Paiva Netto
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. - Divulgação
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Em 20 de março, no hemisfério sul, onde o Brasil está localizado, tem início o outono. A estação lembra os tempos de maturidade, espírito do qual devemos nos revestir para lidar com os desafios diários. Um deles — sem dúvida uma tarefa para todos os brasileiros, sejam brancos, negros ou mestiços — é o combate ao racismo em todas as suas torpezas.

Não é de hoje que levanto minha voz contra esse cancro da sociedade, inclusive porque, como a maioria dos brasileiros, tenho sangue negro. Desde a década de 1980, a imprensa do Brasil e do exterior vem publicando vários de meus artigos, em que exalto o valor da raça negra, a exemplo de “Apartheid lá e Apartheids cá”, “Racismo é obscenidade”, “A miscigenação do mundo é inevitável” e tantos outros.
É muito sugestivo, portanto, que, em 21 de março, alvorecer do outono no país, celebremos o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.

A data, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1969, homenageia os 69 sul-africanos assassinados em 1960, durante um confronto com a polícia. Eles protestavam contra a “Lei do passe”, que impedia o direito de ir e vir da população negra. “Massacre de Sharpeville”, assim ficou conhecido esse lamentável episódio em Joanesburgo, na África do Sul, que colocou mais uma mancha de sangue na história da Humanidade. Enquanto houver uma criatura cruelmente discriminada, o currículo humano estará maculado. Perseveremos, pois, no trabalho de congraçar, pelo Ecumenismo dos Corações, as etnias existentes no mundo.

Leitura e Interpretação Daí primarmos por levar educação de qualidade às crianças e aos jovens das escolas da LBV e de seus programas socioeducativos. Alimentados de valores espirituais, humanos, éticos e de cidadania, eles serão os multiplicadores de práticas construtoras da Paz e do progresso sustentável para as comunidades do planeta. O Programa Permanente de Incentivo à Leitura e Interpretação da Informação, que aplicamos na rede de ensino da LBV, tem igualmente esse propósito. O Resumo da
Semana, de circulação interna, do Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP, destaca que “a leitura e a escrita são imprescindíveis para a inclusão do indivíduo na sociedade letrada, cabendo à escola o papel de sistematizar esses saberes”. A iniciativa, aliada a todas as disciplinas da matriz curricular, atende alunos desde o Berçário ao Ensino Médio. Temos ainda a notícia de que o resultado positivo dessas ações é comprovado no desempenho de nossos educandos em exames que exigem proficiência em leitura e interpretação de texto.

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