sebrae
CASSEMS

"O nosso objetivo é fazer o melhor para atender bem o servidor público e os seus familiares"

O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, destaca que o modelo de auto-gestão é o grande responsável pelo sucesso do plano de saúde

23 março 2019 - 09h19Da Redação
Em 8 anos à frente do Plano de Saúde, ele é o responsável direto pela entrega de 14 centros odontológicos, sete centros de diagnósticos, quatro academias com parceiros, quatro centros de prevenção, um centro integrado de atenção psicossocial, uma clínica
Em 8 anos à frente do Plano de Saúde, ele é o responsável direto pela entrega de 14 centros odontológicos, sete centros de diagnósticos, quatro academias com parceiros, quatro centros de prevenção, um centro integrado de atenção psicossocial, uma clínica - Foto: A Crítica

Reeleito para presidir a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) para o triênio 2019-2022, o presidente Ricardo Ayache obteve 97% dos votos válidos e conseguiu movimentar 12.850 beneficiários em todo o Estado. Em 8 anos à frente do Plano de Saúde, ele é o responsável direto pela entrega de 14 centros odontológicos, sete centros de diagnósticos, quatro academias com parceiros, quatro centros de prevenção, um centro integrado de atenção psicossocial, uma clínica da família e oito hospitais próprios. Na entrevista exclusiva ao Jornal A Crítica, Ricardo Ayache falou dos planos para os próximos três anos, os desafios que terá e até como a Cassems está enfrentando a epidemia de dengue.

Canal WhatsApp

A Crítica – Com uma votação expressiva que lhe garantiu a reeleição, quais são seus os planos para a Cassems nos próximos três anos?

Ricardo Ayache - Fui reconduzido à Presidência da Cassems com 97% dos votos válidos, recebendo 12.398 votos de um total de 12.781 votos válidos. É claro que essa votação traz para a gente uma grande responsabilidade, muito maior do que já tínhamos. Até porque a Cassems, hoje, é o maior plano de saúde de Mato Grosso do Sul e, por isso, nós temos, além da responsabilidade de administrar o plano de saúde, uma rede de atendimento muito ampla. Atualmente, temos 10 hospitais em todo o Estado, 26 centros odontológicos, 4 centros de prevenção, centros de diagnósticos, 10 centros médicos, então, é muito coisa que temos para gerir e, portanto, a Cassems, que completou 18 anos agora, é muito diferente daquela que nasceu em 2001. Hoje, nós estamos entre as 1.000 maiores empresas brasileiras e temos a responsabilidade de conduzir o Plano de Saúde para o futuro. Acredito que nos próximos três anos o nosso maior desafio será fazer frente às necessidades dos nossos beneficiários. Temos, estrategicamente, enquanto plano de saúde, a intenção de ampliarmos os projetos de prevenção e promoção à saúde, aumentando os centros de prevenção localizados no interior do Estado, porque o nosso objetivo é oferecer qualidade de vida os nossos beneficiários, promovendo exercícios físicos e alimentação saudável, algo que tem uma relação direta com isso. Nós ainda temos como projeto a ampliação do Hospital da Cassems de Dourados, mais do que dobrando a sua capacidade de atendimento, a ampliação do Hospital da Cassems de Campo Grande, do Hospital da Cassems de Naviraí, do Hospital da Cassems de Nova Andradina, do Hospital da Cassems de Aquidauana e do Hospital da Cassems de Paranaíba, que são unidades que precisam dessa revitalização e ampliação. Então, temos muitos projetos sendo desenvolvidos, além de uma transformação digital da Cassems, ou seja, são projetos importantes para nós, além da ampliação do atendimento odontológico em todo o Estado. Um dos projetos que nós queremos criar é o de odontologia móvel, que vai percorrer o Estado todo.

A Crítica – A eleição demonstrou que a Cassems é um plano de saúde com grande participação democrática dos beneficiários. Como esse processo contribui para o bom funcionamento do plano?

Ricardo Ayache – Eu avalio que essa participação dos servidores públicos, tanto nas decisões, quanto na gestão, bem como durante as votações, é importante porque nós somos o único plano de saúde do funcionalismo estadual em que o próprio servidor administra a sua saúde. Isso traz para nós a dimensão exata de que, quanto mais a gente ouve, quanto mais a gente participa, dando as opiniões e também ouvindo o que os servidores públicos têm a dizer, quais são as suas necessidades, nós conseguimos tomar as decisões mais acertadas. Portanto, para nós, esse é o ponto fundamental, ou seja, a participação dos servidores públicos. Essa contribuição dos beneficiários foi importantíssima na construção do nosso plano de saúde nesses 18 anos e a gente tem a necessidade de que isso se mantenha vivo e forte e é por isso que nós fizemos uma campanha eleitoral agressiva, embora tivéssemos apenas uma chapa concorrendo. Na verdade, a campanha foi para que mantivéssemos viva a importância da democracia, da participação do servidor público estadual na construção do nosso plano de saúde. Até porque nós temos grandes desafios pela frente. Esses desafios são próprios da saúde, como a falta de profissionais qualificados nas cidades do interior de Mato Grosso do Sul e a falta de estrutura melhores nos municípios, as quais nós vamos suprindo e minimizando com os nossos investimentos, mas também temos de incluir os elevados custos, a alta inflação do setor saúde que são uma grande preocupação. Por isso, temos ainda de encontrar quais os mecanismos para que possamos envelhecer com qualidade de vida e adoecer menos. Hoje, felizmente, estamos vivendo muito mais e, portanto, esse é um desafio enorme do mundo todo. E não será diferente aqui para nós de Mato Grosso do Sul e também para a Cassems. Então, nós temos muito trabalho pela frente e a participação do servidor público estadual é fundamental para que possamos continuar crescendo.

A Crítica – Durante a campanha eleitoral, o senhor percorreu praticamente o Estado todo. Como essa aproximação com o beneficiário do interior vai resultar em melhoria dos serviços da Cassems para o usuário?

Ricardo Ayache – É exatamente isso que nós perseguimos. Porque é com essa participação e ouvindo os servidores públicos estaduais que nós conseguimos construir a Cassems que temos hoje. Porque nós não vivemos momentos somente de céu de brigadeiro, nós também tivemos momentos muito difíceis. Nós já tivemos paralisações de médicos, nós já tivemos clínicas paralisando o atendimento e nós tivemos de recorrer aos servidores aumentando a contribuição, mas, todas as vezes que o servidor público foi chamado para que tomasse as decisões, essas deliberações foram acertadas e foram sempre tomadas pensando no melhor caminho para a Cassems. Portanto, nós temos de manter, cada vez mais, viva essa participação do servidor, ouvindo, seja no contato pessoal ou por meio das reuniões e das assembleias, seja por meio dos canais de comunicação digital. A Internet tem um papel muito importante nas relações sociais do mundo contemporâneo e assim que virou um mundo sem fronteiras, um mundo plano e nós temos, com certeza, saber utilizar desses mecanismos para que nós tenhamos grandes oportunidades de crescimento e de melhoria dos nossos canais de comunicação.

A Crítica – Quais as novidades que os beneficiários da Cassems podem esperar nos próximos meses?

Ricardo Ayache – Nós inauguramos na quinta-feira (21/03) uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) pediátrica aqui em Campo Grande, pois há uma demanda gigante no Estado todo. Nós também vamos inaugurar no mês de maio o serviço de hemodinâmica e também um maior número de leitos no Hospital da Cassems de Corumbá, assim como uma unidade semi-intensiva. Ainda estamos inaugurando novas agências regionais em Naviraí e Fátima do Sul. E, agora, vamos começar a desenvolver os nossos novos projetos, sendo que em breve vamos iniciar as obras de ampliação do Hospital da Cassems de Dourados, além de tantas outras ações que vamos tomar nos próximos meses. Temos ainda um projeto em estudo que é a implantação do serviço de hemodiálise em parceria com empresários da região de Nova Andradina, enfim, ainda temos muitas coisas pela frente e nós, como sempre, estamos trabalhando incansavelmente para fazer da Cassems um plano de saúde melhor.

A Crítica – Como um serviço que já recebe elogios dos beneficiários pode ser melhorado ainda mais?

Ricardo Ayache – Esse é o nosso grande desafio. Nós temos hoje nas pesquisas de avaliação do plano de saúde mais de 85% de ótimo e bom entre os beneficiários e, portanto, melhorar esse desempenho é um desafio gigantesco. Como nós vamos melhorar isso? Trabalhando mais, ouvindo mais e, sobretudo, buscando essa interação entre diretoria e servidor público estadual. Será com essa interação somada a uma visão cada vez mais funcionalizada da gestão, com transparência e com empreendedorismo, que nós vamos, com certeza, colocar a Cassems em um patamar ainda melhor daqui três anos, esse é o nosso objetivo principal, trabalhando muito todos os dias.

A Crítica – Na avaliação do senhor, o modelo de auto-gestão da Cassems está consolidado e pode ser apontado como principal responsável pelo sucesso do plano de saúde?

Ricardo Ayache – Posso afirmar com absoluta certeza que sim. Esse modelo de auto-gestão é o grande responsável pelo sucesso da Cassems. Até porque as nossas ações sempre têm uma visão estratégica, a visão empresarial, mas, sobretudo, a visão dos servidores públicos estaduais, sempre procurando atender as necessidades e demandas deles. Porém, mais do que isso, fazemos uma administração que procura ser muito responsável do ponto de vista financeiro e do ponto de vista de gerenciamento do sistema de saúde, tanto é que nós temos hoje o menor valor cobrado pelo mercado de planos de saúde quando comparamos planos equivalentes, ou seja, com os mesmos atendimentos e mesmos benefícios. Isso é algo muito importante, pois nós conseguimos associar qualidade a um custo acessível para os beneficiários e, com certeza, esse modelo de auto-gestão é o grande responsável por isso. Tanto que, quando assumimos, a Cassems era uma das maiores empresas do Centro-Oeste e nós conseguimos colocá-la entre as maiores do Brasil. O nosso objetivo é fazer o melhor para atender bem o servidor público e os seus familiares e, para isso, nós tomamos todas as ações necessárias, como profissionalizar cada vez mais a gestão, empreendemos e ampliamos as estruturas. O resultado é que tudo isso nos colocou no patamar de excelência e referência nacional.

A Crítica – Infelizmente, mais uma vez, Campo Grande e outras cidades do Estado vivem uma epidemia de dengue. Como a Cassems está enfrentando esse problema de saúde junto aos seus beneficiários?

Ricardo Ayache – Nós estamos atuando da melhor maneira possível e, nesse sentido, já dobramos o número de médicos no Hospital da Cassems de Campo Grande, por ser a cidade do Estado onde está sendo registrado o maior número de casos. Além disso, nós transformamos a nossa área de emergência em uma ala de soroterapia para poder atender os nossos pacientes na fase aguda da doença. Estamos vivendo um clima de epidemia, tomando medidas emergenciais, contratando mais técnicos de enfermagem, mais médicos, equipando o hospital e também oportunizando novas áreas de atendimento para que a gente consiga minimizar esse problema de atendimento porque essa explosão do número de casos de dengue gerou uma sobrecarga muito grande no nosso hospital que está absolutamente lotado.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop