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VISÃO

Uso de óculos de sol previne o câncer ocular

De acordo com o oftalmologista, existe o câncer que tem origem em outro órgão, como mamas ou pulmão, e depois acaba atingindo os olhos

17 dezembro 2018 - 09h47Da redação com informações da assessoria
O uso do óculos de sol não é apenas para fins estéticos
O uso do óculos de sol não é apenas para fins estéticos - Divulgação
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O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum em crianças pequenas. Ele atinge a retina e é visível nas fotografias, já que evidencia um brilho branco em um dos olhos da criança. Já entre os adultos, há dois tipos de câncer que merecem muita atenção: o melanoma e o linfoma. De acordo com o oftalmologista Renato Neves, ainda existe o câncer que tem origem em outro órgão, como mamas ou pulmão, por exemplo, e depois acaba atingindo os olhos. Em todos os casos, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. Mas o ideal, segundo o médico, é apostar na prevenção através do uso de óculos de sol.

“Os fatores de risco para o melanoma ocular incluem pele clara, olhos claros (verdes ou azuis), idade superior a 45 anos, histórico de câncer na família e excesso de exposição dos olhos ao sol. Vale ressaltar que pessoas que trabalham no campo, em alto-mar, ou nas praias também têm risco aumentado para a doença por conta da superexposição aos raios ultravioleta (UVA e UVB). Por isso, é fundamental proteger sempre bem os olhos com óculos escuros – mesmo em dias nublados. O uso de boné ou chapéu em dias ensolarados também é altamente indicado, até mesmo para quem tem olhos castanhos”, afirma o oftalmologista.

Neves diz que o tumor ocular, quando diagnosticado e tratado logo no início, tem grandes chances de cura. “Quando, ao invés daquele reflexo vermelho provocado pelo flash da máquina fotográfica, os pais notam um reflexo branco nos olhos do bebê, devem levá-lo a um oftalmologista sem demora. O retinoblastoma é um tipo comum de câncer infantil, causado pelo crescimento de um tumor na camada celular da retina. Hereditariedade é fator de risco que corresponde a apenas 10% dos casos. Os outros 90% ainda têm causas desconhecidas. Portanto, é importante prestar muita atenção aos olhos do bebê desde que nasce – conferindo sempre os reflexos nas fotos”.

Já o melanoma ocular pode atingir tanto a parte interna do globo ocular (úvea), quanto a membrana que reveste e protege a córnea (conjuntiva). “O melanoma ocular costuma ser assintomático, daí a importância da prevenção. Queixas de alterações visuais constantes, ‘moscas volantes’, flashes luminosos, e até mesmo descolamento da retina geralmente surgem quando a doença se encontra num estágio com prognóstico pouco favorável. Normalmente, esse tipo de câncer ocular acomete pessoas entre 40 e 60 anos de idade, sendo necessário fazer um mapeamento da retina, bem como uma ultrassonografia, além dos exames oftalmológicos comuns”, diz o médico.

“Pessoas com o sistema imunitário mais vulnerável, como pacientes em tratamento de Aids, são mais suscetíveis ao câncer ocular do tipo linfoma. Embora raro, é mais facilmente percebido, já que implica no crescimento anormal de uma massa de tonalidade rósea sobre a conjuntiva – atrapalhando a visão até mesmo quando se esconde nos cantos das pálpebras. Somente a biópsia poderá dizer quando é um tumor benigno ou maligno. De todo modo, o tratamento com radioterapia logo no início da doença tem se mostrado promissor. Diante desse quadro, é muito importante que as pessoas compreendam que os óculos de sol são muito mais do que um acessório estético – sendo fundamentais para a prevenção da doença”, conclui o oftalmologista.

Prof. Dr. Renato Augusto Neves, cirurgião-oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

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