
É comum associarmos ao envelhecimento a inatividade, problemas de saúde e perda da independência. De fato, à medida que envelhecemos, estamos mais susceptíveis a doenças crônicas comuns da idade - como pressão alta e diabetes -, à perda de mobilidade e de memória. Mas muitas das limitações inerentes ao processo de envelhecimento podem ser amenizadas, como é o caso da perda de audição.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o problema acomete um terço da população acima dos 65 anos e metade dos idosos com mais de 75 anos. No Brasil, de acordo com o IBGE, a população com mais de 60 anos ronda os 25 milhões, o que sugere um potencial enorme para incidência do problema.
Alguns sintomas como zumbidos e sensação de ouvido entupido podem indicar o início de uma perda auditiva. No convívio social, também é possível notar a limitação quando o idoso começa a falar muito alto, a repetir perguntas por não entender as respostas e a ter dificuldade de se comunicar por telefone.
Quando há perda de audição, também é comum o idoso passar por situações constrangedoras; isso pode inibi-lo, a ponto de ele preferir evitar o convívio social. Mas quem protela o problema fica mais exposto a doenças secundárias, como a depressão, e se priva de manter uma convivência plena e positiva com os amigos e familiares.
Um simples exame de audiometria pode indicar a perda de audição e, a partir dele, ser definido o tratamento. A reabilitação, na maioria das vezes, comtempla o aparelho auditivo. Atualmente, esses aparelhos são bastante confortáveis, mais acessíveis do que no passado, em termos de preço, e muito discretos. Há modelos de aparelhos auditivos altamente tecnológicos, com múltiplas funções e tamanhos bastante reduzidos. Alguns deles são capazes de amenizar 90 % das perdas auditivas, inclusive as mais severas. O mercado também já disponibiliza opções com tecnologia wireless, que captam inclusive o som de celulares.
Há casos de perda de audição, no entanto, em que há necessidade de implante coclear - também chamado de ouvido biônico - ou implantes de ouvido médio, que captam o som convertendo-o em vibrações mecânicas. Apenas o especialista pode indicar o tratamento mais apropriado, mas qualquer que seja a reabilitação o apoio da família irá colaborar enormemente para que o idoso se sinta mais confortável e motivado a encarar o problema.

