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SAÚDE

Iniciativa pioneira garantirá destinação correta de resíduos e controle de doenças

22 novembro 2017 - 16h59
Materiais como sofás, geladeiras, vasos sanitários, entre outros, poderão ser descartados nos pontos de coleta que serão instalados nos bairros da Capital.
Materiais como sofás, geladeiras, vasos sanitários, entre outros, poderão ser descartados nos pontos de coleta que serão instalados nos bairros da Capital. - Divulgação/Sesau
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Resíduos mal destinados atraem vetores de doenças. Para evitar esse risco, a Prefeitura de Campo Grande iniciou a implantação do projeto “CG Saúde em Ação” prevendo a coleta de resíduos de grande volume, como sofás, geladeiras e vasos sanitários, por exemplo, que não podem ser descartados na coleta convencional ou seletiva. A fase piloto do projeto se dará através da implantação de um ponto de coleta no bairro Jardim Noroeste – região leste de Campo Grande – onde foi encontrado o maior número de focos do mosquito Aedes aegypti, conforme dados do último Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) realizado entre os dias 23 e 27 de outubro.

O Projeto, organizado em parceria entre as secretarias municipais de Saúde (SESAU), Meio Ambiente e Gestão Urbana (SEMADUR), Infraestrutura e Serviços Públicos (SISEP) e Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, terá a participação de empresas privadas como a Solubr Soluções Ambientais e outros órgãos e entidades, com o objetivo de mobilizar a população do Jardim Noroeste para descartar os resíduos de grande volume na primeira quinzena de dezembro.

As reuniões de trabalho para elaboração do cronograma do Projeto CG Saúde em Ação e as ações de cada secretaria e parceiros aconteceram nesta semana na SESAU e contou com representantes das pastas envolvidas. As datas para descarte e recolhimento serão anunciadas na próxima semana, com todos os detalhes.

Poderão ser descartados: sofás, geladeiras, televisores, carcaças de computadores, fogões, carrinhos de mão, pias de cozinha, banheiras de plástico, móveis, armários de aço e máquinas/tanquinhos de lavar roupas. Não serão aceitos entulhos de construção, podas de árvores e pneus. O local para o descarte está em processo de escolha e será determinado nos próximos dias.

A existência destes resíduos nas residências são possíveis depósitos e criadouros do mosquito da dengue, bem como a instalação, manutenção e proliferação de animais da fauna sinantrópica, que são indesejáveis ao convívio humano (ratos, pombos, baratas e outros) e passíveis de transmissão de doenças, inutilizar/destruir alimentos ou sujar as residências. Estes objetos também expõem crianças a riscos de acidentes e, na estação das chuvas, podem entupir bueiros, provocando inundações.

Os vasos sanitários representam 4,75% dos focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, enquanto que pias de cozinha 0,79% e máquinas de lavar 0,69%, segundo dados o LIRAa de outubro.

“Por isso, estamos realizando este projeto piloto de descarte de materiais de grande volume, com o objetivo principal de eliminar os criadouros do Aedes e reduzir, significativamente, os seus focos. O LIRAa nos permite desenvolver ações nos locais onde há maior risco de proliferação das doenças transmitidas pelo mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha”, explicou a coordenadora de Vigilância em Saúde da SESAU, Eliana Dalla Nora.

O recolhimento dos materiais descartados ocorrerá por meio de caminhões de diversos órgãos públicos, em parceria com empresas privadas. Os resíduos serão destinados a uma empresa que ficará responsável por realizar a destinação correta, como o processo de reciclagem.

“Após este trabalho, vamos intensificar o trabalho com os agentes comunitários de Saúde e de Endemias para conscientizar moradores sobre os perigos de se acumular tais resíduos. Quando retornar as aulas, vamos mobilizar as escolas para uma grande ação de prevenção quanto a dengue”, afirmou o coordenador da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), Eliasze Guimarães.

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