
A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversaram por telefone por 20 minutos nesta quinta-feira (7), após um teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no dia anterior, informou o gabinete da presidente sul-coreana.

O gabinete não elaborou sobre detalhes da conversa entre os líderes.
Obama também conversou por telefone na quarta-feira (6) com o premiê japonês, Shinzo Abe, sobre a resposta internacional ao teste nuclear, de acordo com a Casa Branca.
Ambos líderes "concordaram em trabalhar juntos para montar uma forte resposta unificada e internacional ao comportamento inconsequente mais recente da Coreia do Norte", informou a Casa Branca.
Um oficial das forças armadas sul-coreanas também informou nesta quinta que o país iniciou conversações com os Estados Unidos para mobilizar armamentos estratégicos norte-americanos até a península coreana.
Os EUA e especialistas em armamentos levantaram dúvidas sobre se o artefato testado pela Coreia do Norte na quarta-feira seria mesmo uma bomba de hidrogênio, ainda assim, aumentaram as pressões para que sanções adicionais sejam impostas contra o país asiático devido ao programa nuclear secreto norte-coreano.
Após o teste anterior da Coreia do Norte com um artefato nuclear, em 2013, Washington enviou dois bombardeiros B-2 capazes de transportar armas nucleares para realizar sobrevoos na Coreia do Sul, numa demonstração de força. À época, a Coreia do Norte respondeu ameaçando com um ataque nuclear contra os EUA.
A Coreia do Sul, tecnicamente um Estado em guerra contra o Norte, disse que não considera utilizar ameaças nucleares como elemento de dissuasão, apesar de pedidos feitos por líderes do partido no poder. É altamente improvável que os EUA reinstalem os mísseis nucleares táticos que retirou da Coreia do Sul em 1991, disseram especialistas.
O teste foi uma “grave violação” de um acordo firmado em agosto pelas duas Coreias para aliviar as tensões e melhorar os laços, disse Cho Tae-yong, uma autoridade de segurança nacional sul-coreana, em comunicado.
