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POLÍTICA

Nosso manifesto é o programa que foi enviado ao TSE, diz Haddad

24 setembro 2018 - 14h07
Comper

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, se contrapôs hoje à informação divulgada pelo Estadão de que seu adversário do PSL nessa corrida presidencial, Jair Bolsonaro, está preparando um manifesto para ser divulgado à Nação. "Nosso manifesto já foi apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral, é o nosso programa de governo, que eu reitero a cada entrevista, é um compromisso de aprofundamento à democracia, de respeito à soberania nacional, de respeito à soberania popular - pouca gente respeita infelizmente - de direitos sociais , trabalhistas, o aceno que estamos fazendo é um aceno ao povo que está sofrendo no governo Temer e os apoiadores do governo Temer", disse o petista, após visitar Lula na Polícia Federal de Curitiba.

O petista pregou a necessidade de se criar um ambiente mais pacífico durante o processo eleitoral. "(Precisamos) Cultivar um ambiente de paz com dois focos, emprego e educação, entendemos que trabalho e educação é o que vai tirar o País da crise, se as pessoas não tiverem trabalho ou oportunidade educacional nós não vamos sair da crise e é em ambiente de paz que se constrói isso, não é cultivando a intolerância", disse.

Sobre o acirramento da disputa e o crescimento de movimentos ligados à direita, Haddad disse que o PT sempre cultivou a tolerância e a democracia. E citou que o partido deve fortalecer mais sua atuação junto aos movimentos democráticos, para evitar que o resultado das eleições coloque em risco a democracia. Sem citar nomes, ele disse que "suposições" sobre o processo podem criar esse clima. "Entendemos que ela (democracia) está sendo ameaçada constantemente com suposições, uma hora é a urna eletrônica, outra hora é sobre o resultado eleitoral, o mundo está observando o Brasil com muito cuidado por conta desses movimentos exóticos."

Na entrevista que concedeu após a visita a Lula, o candidato do PT negou que tivesse deixado obras paralisadas em sua gestão na Prefeitura de São Paulo. "Não paralisamos nenhuma obra em São Paulo, é que temos de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, temos que deixar dinheiro em caixa, deixamos R$ 5,5 bilhões em caixa, se tínhamos R$ 5,5 bilhões porque razão paralisaríamos uma obra, foi para cumprir a legislação, mas nenhuma foi parada, depois de outubro de 2016 reservamos o dinheiro em caixa na forma da lei, por isso tivemos contas aprovadas, quem até hoje não retomou as obras foi meu sucessor (João Doria) por isso ele está enfrentando tanta rejeição em São Paulo", criticou.

Questionado se o partido tem realizado autocrítica durante este processo eleitoral, Haddad disse que isso acontece, mas que a pergunta deveria ser dirigida aos tucanos Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin. "Nunca vi perguntarem ao Alckmin se ele não faria uma autocrítica das quatro derrotas que teve, da sua situação nas pesquisas", comentou.

"Eu já fiz várias entrevistas falando pontualmente onde nós podíamos ter melhorado, nosso plano de governo reflete uma visão de enfrentamentos que nós não fizemos, acho curioso que essa pergunta é sempre feita ao PT, quem perdeu as quatro últimas eleições não foi o PT", emendou.

Antes da coletiva, o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, leu um documento em que questionava o fato de Adélio Bispo, autor de facadas contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), poder gravar entrevistas. "Nos causa estranheza que um preso homicida, que é o caso do rapaz que deu a facada, tenha o direito de gravar entrevistas dentro da prisão e ao presidente Lula seja negado este direito o tempo todo. Nos causa estranheza, pois o que de importante essa pessoa tenha a dizer ao País?."

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