
O avanço da microcefalia no Nordeste tem deixado as autoridades de saúde do Brasil em estado de alerta máximo. Preocupado com a epidemia que já foi confirmada em sete estados da região, o deputado federal Mandetta acompanhou uma comitiva de parlamentares que se reuniu em Recife, na tarde da segunda-feira, 23, com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, para discutir a epidemia de casos de microcefalia no estado, onde 268 casos já foram notificados somente em 2015.

O ministério da Saúde já calcula mais de 500 casos de microcefalia. Até o fim do ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estima que serão cerca de 2 mil.
Segundo o parlamentar, o surto da doença é muito pior do que se imagina. “Trata-se de um momento grave. E que exige ação decisiva do governo federal, a quem cabe a gestão das políticas públicas do país.”, informou.
Como membro da Frente Parlamentar da Saúde Pública, Mandetta defendeu juntamente com o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) verba específica para lidar com a epidemia já no orçamento federal de 2016.
“O governo precisa destinar recursos específicos para combater a epidemia e informar as mulheres que evitem a gravidez por um período, até o controle total da doença, para evitar novos casos de microcefalia. Se esse cenário não mudar, a educação encarecerá no atendimento de crianças especiais”, explicou.
Microcefalia - A microcefalia é uma anomalia no desenvolvimento do cérebro do bebê. Até pouco tempo desconhecida por boa parte das mulheres gestantes ou com interesse em engravidar, a doença consiste em uma má formação congênita em que crianças nascem com a circunferência craniana igual ou menor que 33 centímetros. Em 90% dos casos, o desenvolvimento mental é comprometido. A suspeita é que a microcefalia seja provocada pelo Zika Virus, transmitido pelo Aedes aegypti, o vetor da dengue. No ano passado, o Brasil registrou 147 casos da doença.
