
A Justiça de São Paulo decretou a quebra do sigilo bancário do escritório de advocacia do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da mãe dele, Diva Carvalho de Aquino.

Em decisão proferida na segunda-feira, 8, o juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública, atendeu pedido do Ministério Público de São Paulo, que pediu acesso aos documentos no âmbito de uma investigação, aberta em julho do ano passado, sobre suposto enriquecimento ilícito de Salles. O ministro nega irregularidades em suas contas.
Os sigilos fiscal e bancário do próprio Salles já haviam sido quebrados, em novembro do ano passado, em recurso do Ministério Público apresentado junto ao Tribunal de Justiça paulista.
A investigação, que apura como o patrimônio do ministro saltou de R$ 1,4 milhão para R$ 8,8 milhões entre 2012 e 2018, é conduzida pelo promotor Ricardo Manoel Castro, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.
Em uma declaração feita à Justiça Eleitoral em 2012, quando foi candidato a vereador, Salles informou possuir R$ 1,4 milhão em bens, que consistiam em aplicações financeiras, 10% de um apartamento, um carro e uma moto. Em 2018, o então candidato a deputado federal pelo partido Novo, informou à Justiça possuir dois apartamentos de R$ 3 milhões cada, R$ 2,3 milhões em aplicações e um barco de R$ 500 mil – alta de 335% em cinco anos, corrigidos os valores pela inflação.
COM A PALAVRA, O MINISTRO
A reportagem busca contato com o ministro Ricardo Salles. O espaço está aberto a manifestação (rayssa.motta@estadao.com).
