
Após audiência com o ministro Jaques Wagner, a Casa Civil confirmou oficialmente nesta segunda-feira (7) a saída do governo de Eliseu Padilha (Aviação Civil).

Durante o encontro dos dois, Padilha disse que vai "manter seu relacionamento respeitoso com a presidente Dilma" mas que, a partir de agora, trabalhará na presidência do PMDB.
Padilha decidiu deixar o governo na semana passada, após indicação feita por ele para a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil – ter sido retirada pelo próprio Planalto.
A decisão da saída foi entendida pelo Planalto como sinal de que o grupo de Temer pode se retirar do governo no momento em que foi aceito o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Na tentativa de impedir a abertura do processo de impeachment, o Palácio do Planalto pretende oferecer à bancada do PMDB na Câmara dos Deputados o comando do ministério da Aviação Civil.
Desde que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tomou a decisão de aceitar o pedido contra Dilma, o Palácio do Planalto procura intimidar o vice-presidente a declarar apoio a presidente e a condenar publicamente os argumentos jurídicos do processo de impeachment em tramitação no Legislativo.
O vice, contudo, evita tomar posição oficialmente sobre o caso e prefere declarar que a presidente busque uma estratégia de unificação nacional, em vez de ir para o confronto.
(DA REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DA FOLHA)
