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POLÍTICA

Boulos diz que defesa da liberdade de Lula é uma questão democrática

16 março 2019 - 18h00
Comper

O candidato derrotado do Psol à Presidência da República e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse há pouco que a defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma questão democrática.

"O Lula é um preso político no Brasil. Acho que agora ainda mais, quando começa a ser desmascarados os atores desta condenação injusta e política do Lula", disse Boulos ao chegar para o ato político que encerrará o encontro de relançamento da Campanha Lula Livre, que acontece desde as primeiras horas deste sábado na sede do Sindicato dos Metroviários, na Zona Leste de São Paulo.

De acordo com Boulos, o ministro da Justiça Sérgio Moro, "que até outro dia posava de arauto da moralidade e garantidor da República, hoje é um cúmplice do laranjal do PSL, um cúmplice de um governo de milicianos". "O Daltan Dallagnol, que foi quem organizou todas as acusações contra o Lula na primeira instância, está envolvido em um crime de lesa-pátria, barrado pelo Supremo Tribunal Federal por tentar ter um Estado paralelo, gerir um orçamento paralelo de R$ 2,5 bilhões", criticou o líder do MTST.

Segundo ele, "nesse momento, onde também as contradições e os abusos da Lava Jato começam a vir à tona de outras maneiras, é importante reforçar que Lula é um preso político e fazer a luta pela sua libertação", disse Boulos.

Para ele, os pontos mais importantes da Campanha Lula Livre são as mobilizações que acontecerão por todo o Brasil no dia 7 de abril, data que marca um ano da prisão de Lula, canalizando o sentimento de defesa da liberdade do petista. "E tem o trabalho de diálogo com a população, que são os comitês, é a capilarização dos municípios na campanha e a produção de mais materiais para a campanha", disse.

Perguntado pelo Broadcast se esse elemento de mobilização de rua e diálogo com a população seria a retomada dos trabalhos de base, Boulos disse que sim. Explicou que um desafio da esquerda hoje é retomar seu trabalho de base, repactuar sua relação com o povo.

"No processo eleitoral ficou claro o que nós já vínhamos dizendo há muito tempo, de que havia uma dificuldade nesta relação, que foi sendo desconstruída com o tempo. Acho que é mais que necessário reconstruir este pacto da esquerda com as periferias."

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