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DIRETO DO GABINETE

Assembleia Legislativa debate exploração do gás de xisto em MS nesta segunda-feira

13 abril 2018 - 14h10Evllyn Rabelo
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A extração do gás de xisto, utilizado para a geração de energia elétrica em residências e indústrias, poderá causar prejuízos incalculáveis a pelo menos 26 municípios de Mato Grosso do Sul. O alerta é do deputado estadual Amarildo Cruz (PT) que, preocupado com as consequências que a atividade pode trazer para o Estado, promove a audiência pública “Impactos na Extração do Gás de Xisto em MS”. O debate acontece no dia 16 de abril (próxima segunda-feira), às 13h30 na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A preocupação do parlamentar se deu depois que a Petrobrás arrematou o bloco de exploração da Bacia Terrestre do Paraná, que engloba os municípios de Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu e Três Lagoas, durante a 14ª rodada dos leilões promovidos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em setembro do ano passado. Há ainda a possibilidade de outros nove municípios de Mato Grosso do Sul serem impactados com a atividade, já que também fazem parte da bacia. São eles: Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Inocência, Rochedo e São Gabriel do Oeste. "A técnica utilizada na extração do gás de xisto provoca perfuração do solo, seguida de fraturamento hidráulico, o que segundo cientistas e estudiosos de vários países, causa graves impactos ambientais, muitos deles, irreversíveis, e nós temos muita preocupação, principalmente porque a população não está ciente do perigo", falou o parlamentar. Defensor do meio ambiente, deputado Amarildo Cruz é autor do projeto de lei que suspende por dez anos a exploração do gás em todo o estado de Mato Grosso do Sul. "Nossa proposta prevê a suspensão da extração dos gás no período de dez anos, para que sejam realizados Estudo de Impacto Ambiental (EIA), apresentação do Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da bacia hidrográfica da região a ser explorada e o cumprimento de requisitos junto à ANP, além de discussões com órgãos competentes e com a população, principalmente das áreas que serão afetadas", explicou. "É inegável a importância do gás de xisto no desenvolvimento econômico do País e do nosso Estado. No entanto, não podemos obter o pleno desenvolvimento econômico se não pensarmos mecanismos eficazes que evitem a degradação do meio ambiente", finalizou o deputado. Já confirmaram participação na audiência pública Silvio Jblonski - chefe da Assessoria de Gestão e Risco da ANP, Reginaldo Urbano Argentino - ativista ambiental, Juliano Bueno de Araújo - Coordenador Nacional da Coalizão Não Fracking Brasil, Jaime Elias Verruck - Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Dr. Pedro Paulo Grubits - Procurador do Ministério Público Federal, Dr. Luciano Furtado Loubet - Procurador do Ministério Público Estadual, Dra. Rosângela Maria Rocha Gimenes - vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB/MS, Gilmar Kerber - superintendente interino do IBAMA, Regiane Schio - gerente de produção da MSGás, Pedro Martins Neves - presidente do Sinpospetro, Claudineia Lerios de Oliveira - Associação dos Produtores de Orgânicos do MS e Eduardo Romero- representando os vereadores de Campo Grande.
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