
Continua preso o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, 43, que confessou ter matado sete pessoas na Capital. A decisão foi assinada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos da 2ª Vara do Tribunal do Júri e publicada no Diário de Justiça do Estado de hoje (21). Segundo o documento, ainda não há motivos para Cleber ser solto. A próxima análise está marcada para o dia 19 de setembro.

O pedreiro foi preso no dia 14 de maio pela morte de um comerciante. A partir de então, vários outros mortes foram desencadeadas por Cleber com a ajuda de sua esposa e filha.
Tudo começou com a descoberta da morte de José Leonel Ferreira dos Santos, 61, assassinado por Cleber com auxílio da filha. Ele foi enterrado no quintal da própria casa, onde a família de Cleber então começou a morar. Preso uma semana depois, Cleber passou a revelar os assassinatos. Entre as vítimas estão José Jesus de Souza, 44, conhecido como Baiano, que foi encontrado em um terreno no Coophatrabalho.
Hélio Taira, 73, que estava desaparecido desde novembro de 2016, também foi localizado. Cleber fazia reforma em residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, quando se desentenderam e Cleber o matou.
O juiz Aluízio Pereira dos Santos - (Foto: Arquivo)
Desaparecido desde 2015, Flávio Pereira Cece, 34, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado no bairro Alto Sumaré, região da Vila Planalto. Ele era primo do serial killer.
No dia 15 de maio, foi encontrado o corpo de Claudionor Longo Xavier, 48, que saiu de casa no dia 16 abril, foi assassinado e teve a moto XTZ Crosser vendida pelo autor. O corpo estava no mesmo terreno onde a polícia encontrou José Jesus. Na manhã do dia seguinte (16), Timotio Pontes Roman, 62, foi encontrado morto em um poço dentro de residência na Rua Urano, no bairro Vila Planalto.
Nos crimes cometidos, Cleber agiu atingindo as vítimas com pancadas na cabeça com instrumentos que tinha em mãos.
Supostas torturas – Em maio, o advogado de Cleber pediu a transferência do cliente ao Instituto Penal de Campo Grande, pelo fato do pedreiro estar "sofrendo diversas violências fisicas, torturas e psicológicas desde que foi preso".
Na época, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul até divulgou uma nota alegando que o trabalho prestado se pautava na legalidade e em observância aos princípios constitucionais penais e processais.
A instituição ainda informou que repudiava, veementemente, a fala do advogado Cleber, responsável pela defesa do investigado, em que alega que o preso estaria sofrendo agressões psicológicas durante sua custódia em uma cela da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).
